O
600 foi um dos Fiats mais inspiradores em termos de carrocerias
especiais. Uma das mais conhecidas é a do Jolly (acima), voltado para uso
em praias, quase um bugue. Lançado em 1958, não tinha portas ou
capota e o pára-brisa era bastante baixo. Barras laterais davam
apoio para que os ocupantes se sentassem na traseira, com os pés
no assento. Os próprios bancos eram simples, em material
impermeável.
Interessante é que a Multipla teve a mesma versão,
com a peculiaridade de trazer o segundo banco voltado para trás.
A Carrozzeria Savio seguiu outra proposta: um jipe, o 600 Jungla,
com carroceria de linhas retas, estepe na traseira e capota de
lona. Colocado no mercado já em 1955, chega a lembrar o
DKW Munga (Candango no
Brasil).
Algumas empresas optaram por modelos esportivos. A Flua lançou em
1956 este 600 Cabrio, um elegante conversível com pouco em
comum com o 600 de série em termos de estilo.
Bem menos atraente era o 600 Spider, de 1958, elaborado pela Siata. A empresa adotou faróis em
destaque e uma ampla grade (falsa, naturalmente), em um desenho
que remete ao do Peugeot 404.
O estilo cupê esportivo teve interpretações da conhecida Fissore,
em 1957, e da Boano (acima), dois anos depois, com resultados bem
satisfatórios.
O mesmo não pode ser dito do 600 Rendez Vous,
criado em 1959 pela famosa Vignale, que aplicava à frente
uma grade vertical ovalada, sem nada a ver com o conjunto. |
Já o Berlinetta da Carrozzeria Accossato, de 1956, tinha peculiares miniportas traseiras para acesso ao banco de trás.
Mas nenhum superou em
esquisitice este 600 Berlinetta de Pinin Farina (1959). Surpreende
como o estúdio, famoso por irrepreensíveis Ferraris, tenha optado
por algo tão feio quanto o vidro traseiro de curvatura inversa, ao
estilo do antigo
Ford Anglia.
Outra criação estranha da
empresa, mas justificada pela proposta de diminuir a resistência
ao ar, foi o 600 Y Aerodinamica, do mesmo ano, com frente
arredondada e os faróis quase juntos.
Houve mais idéias. Francis Lombardi fez o 600 Lucciola, um
interessante modelo de quatro portas, sendo as dianteiras
convencionais e as traseiras "suicidas", sem coluna central. Vale
notar que em 1959, quando ele foi apresentado, o Fiat de série ainda
tinha as portas dianteiras invertidas.
No mesmo ano a Viotti
revelava sua perua 600 Giardinetta, de estilo agradável.
A casa de preparação Abarth fez bons trabalhos em cima do 600. A
versão 750, lançada já em 1956, desenvolvia de 41 a 50 cv, o que
resultava em velocidade máxima de 150 km/h no segundo caso.
Quatro anos depois a cilindrada era ampliada em 100 cm3 e surgia o
850 TC (acima), de Turismo Competizione, seguido em 1961 pelo 1000 Berlina,
de 1,0 litro.
Versões 1000 TC (acima), 850 TCR e 1000 TCR de até 90 cv
foram feitas mais tarde, até 1970, e competiram com êxito nas
classes de até 1.000 cm3. |