Os motores da Meriva (no
alto) e da Idea têm a mesma origem e levam boa vantagem em baixa rotação; o do
Fit, embaixo, recorre a moderna tecnologia e obtém potência próxima,
embora com menor torque |
Os 105 cv do Honda não fazem feio diante dos 114 cv (com álcool) ou 112
(gasolina) das oponentes, mas potência é só parte da história: há o
torque máximo, que nele é bem menor e atingido a rotações bem mais
altas. São 14,2 m.kgf a 4.800 rpm, ante 18,5 m.kgf a 2.800 rpm da Fiat e
17,7 m.kgf a 2.800 rpm da
Chevrolet (com álcool nos dois casos). Por outro lado, o Fit pesa 180 kg
menos que a Idea e 230 kg menos que a Meriva. É como se as minivans
rodassem sempre com quatro a cinco pessoas, e o Honda, só com o
motorista.
A
variação de válvulas é percebida no comportamento do Fit:
pacato até cerca de 4.500 rpm, ele então ganha ímpeto e até encorpa seu ruído,
em uma rápida progressão até o limite de 6.800
rpm (500 acima do início da faixa vermelha no conta-giros), com
poucas vibrações. É bem o oposto das concorrentes, cujo motor entrega
torque em baixas rotações, mas gera uma aspereza que não convida a usar
as altas. Justiça seja feita, porém: a Meriva até o
modelo 2005 era um tanto pior nesse aspecto.
A simulação de desempenho (veja os
resultados) apontou relativo
equilíbrio. O Fit teve a maior velocidade máxima, e a Idea, tempos
melhores em retomada e na maior parte das acelerações, mas com diferenças
sempre pequenas. Já em consumo o Honda leva vantagem perceptível.
Um
ponto que precisa ser revisto pelos três fabricantes é a capacidade do
tanque, sobretudo nas minivans, que podem rodar com álcool.
O câmbio do Honda tem engates muito leves e precisos, dos melhores entre
os carros nacionais, e marcha à ré fácil de usar. O das
minivans é satisfatório, mas na Meriva há o problema da alavanca muito
baixa. A Idea, mesmo tendo perdido aqui a montagem
no painel, não incomoda nesse ponto. Vale notar que a Fiat usa um
anel-trava redundante para a ré (há trava interna no câmbio que
impede o engate involuntário), enquanto a GM a coloca em posição que
requer o anel, pois está no mesmo canal da primeira.
Continua
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