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Nova traseira marca
o Marea 2002

Sedã ganha polêmica reestilização, mas melhora conteúdo
de série. E o Brava tem novo motor com mais torque

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Que uma reestilização traseira faria bem ao Marea, não havia dúvida. O sedã médio da Fiat, que chegou ao Brasil em abril de 1998 com o intuito de concorrer com o elegante -- e então bem jovem -- Vectra, nunca emplacou bem como o modelo da GM, em grande parte por não cativar o comprador brasileiro com seu estilo discreto, apesar da frente agressiva e de personalidade.

Três anos depois, a Fiat apresenta, já como modelo 2002, o resultado de um trabalho que pode erguer o Marea no mercado: uma traseira mais ousada, com lanternas de forma cônica e um perfil mais retilíneo, com aparência de maior largura. A tampa do porta-malas tem recorte em "V", como no novo Siena, e um vinco dá continuidade à moldura superior da placa, agora cromada também na versão SX. A meta de acrescentar imponência e caráter fica bem evidente.

Na frente do Marea, apenas o novo emblema redondo da Fiat. A traseira é que traz uma reestilização brasileira, de resultado discutível, mas que pode acertar com compradores de gosto mais sóbrio

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Agradou? Em nossa opinião, não muito -- mas o leitor pode fazer seu julgamento pelas fotos e, a partir do início de junho, pelo carro nas concessionárias. O novo formato poderia se harmonizar melhor com as linhas arredondadas do restante, vidro traseiro inclusive, e as lanternas são algo estranhas. A inspiração desse desenho brasileiro vem da Itália -- o Lancia Lybra, modelo correspondente ao Marea nessa divisão de luxo da Fiat --, mas é possível lembrar-se do Ford Mondeo e de alguns modelos coreanos.

A perua Weekend mantém o estilo conhecido, pois ao contrário do sedã sempre agradou à maioria. De resto é o mesmo carro, exceto pela substituição do emblema de cinco barras inclinadas, na grade, pelo redondo que a Fiat lançou em 2000 no Palio. Mas há algumas novidades internas: bancos redesenhados para ganho em espaço para pernas no banco traseiro (lembre-se, o Marea é um carro médio-pequeno que aqui tenta concorrer com médio-grandes) e um conjunto de itens de conveniência.

Os controles elétricos dos vidros ganharam função um-toque, sensor antiesmagamento e sistema de alívio da pressão interna (as janelas baixam alguns centímetros para facilitar o fechamento das portas, como no Astra, Zafira e no antigo Tempra). Há um alarme programável, que avisa quando a velocidade determinada pelo motorista for excedida, e o temporizador de faróis já adotado no Palio, com ajuste entre 30 segundos e 5 minutos.

As portas se travam ao atingir 30 km/h, destravando-se ao retirar a chave da ignição ou em um acidente. A chave é nova e traz um controle remoto separado para travamento e alarme, com a novidade de um localizador (aciona sirene e lanternas por alguns segundos) e de travar novamente as portas caso não tenham sido abertas. A combinação de cores azul, vermelha e cinza é que atenta contra o bom gosto. Todos esses itens são opcionais no pacote Comfort do Brava.

Alguns equipamentos antes opcionais agora vêm de série: bolsa inflável do passageiro (versão HLX), controles elétricos dos vidros traseiros e dos retrovisores (ELX), banco do motorista com ajuste de altura (SX e ELX) e iluminação no porta-malas (todas as versões da Weekend). E os alto-falantes ficaram mais potentes.

Os motores de 1,75 e 2,45 litros e toda a mecânica permanecem os mesmos. Neste setor, a novidade será a opção de câmbio automático em setembro, item desejado por muitos e existente em outros médios, como Civic e Corolla. Continua