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Um Brava manso, mas agradável   O leitor do BCWS deve se lembrar das críticas ao desempenho do Brava quando de seu lançamento, em setembro de 1999. Embora a Fiat tenha lhe proporcionado mais 7 cv logo depois e oferecido a versão HGT de 1,75 litro cinco meses mais tarde, o motor 1,6 16V -- que dá grande agilidade no Palio, bem mais leve -- continuava devendo algo nas baixas rotações, as mais usadas no trânsito urbano.

Mais torque em baixas rotações e menor consumo tornam o Brava 2002 mais atraente. Por fora traz novo emblema e as opções de cor amarela e de rodas de alumínio de 15 pol no ELX

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Foi preciso retrabalhar o motor para atender a essa necessidade. E a Fiat escolheu um caminho pouco usual: alterou o diâmetro dos cilindros e o curso dos pistões, mantendo o mesmo bloco. Antes de 86,4 x 67,4 mm, essas medidas passaram a 80,5 x 78,4 mm: um motor de curso mais longo, mas ainda considerado de "curso curto" (saiba mais sobre a diferença e seu efeito no comportamento do veículo).

Em paralelo foram introduzidos coletor de admissão em plástico (mais leve e com menos rugosidade interna), central de injeção com nova lógica de controle de detonação (avança o ponto de ignição até o limite, em vez de adotar um valor fixo alto e reduzi-lo quando há "batida de pino"), pistões mais leves, novos comandos de válvulas e sistema de alimentação sem retorno de combustível (mais seguro em colisões).

Clique para ampliar a imagem Os novos itens de conveniência do Marea são opcionais no Brava: vidros com função um-toque e antiesmagamento, travamento automático das portas, novo controle remoto do alarme

Ocorreu ligeira redução nos regimes de potência (de 6.000 para 5.500 rpm) e torque máximo (de 4.750 para 4.500 rpm). Mas os valores permanecem em 106 cv e 15,4 m.kgf -- este o mesmo do Palio 2001, embora suas alterações ainda não estivessem no Brava. Assim, os índices de desempenho declarados são quase os mesmos de antes: 186 km/h de velocidade máxima e 0 a 100 km/h em 10,7 s, contra 184 e 10,8 do antigo.

A nova personalidade do Brava aparece em situações muito comuns, como transpor uma lombada ou contornar uma esquina em marcha longa (alta) e acelerar: o motor reage com mais disposição nos baixos regimes, onde o anterior era um tanto "vazio". Antes a Fiat informava que 85% do torque máximo estavam disponíveis a 2.000 rpm; agora, 82,5% a 1.500 rpm. As curvas de potência e torque apresentadas mostram, porém, um ganho significativo na faixa de 1.500 a 3.000 giros.

A Fiat denomina o novo 1,6 "cursa longa", ou curso longo dos pistões, mas essa medida ainda é menor que o diâmetro dos cilindros. Oferece 82,5% do torque máximo já a 1.500 rpm

Na avaliação de cerca de 20 km pelas ruas de Porto Seguro, BA, o novo motor pareceu menos suave em altas rotações, mas sem incomodar. Não houve alongamento nas relações de marcha (a Fiat alega que preferiu aproveitar todo o ganho em torque), o que poderia ter sido reconsiderado para evitar a necessidade de sucessivas mudanças de marcha no uso urbano.

Um escalonamento com marchas mais espaçadas traria maior conforto nesse sentido, menor ruído em estrada e menor consumo. Ainda assim, a Fiat anuncia melhores índices: de 10,1 para 10,6 km/l, em cidade, e de 14,8 para 15,8 km/l na estrada. Continua

Segundo semestre: Dobló e Mille Fire
Durante a apresentação dos novos Marea e Brava à imprensa, em Porto Seguro, BA, a Fiat anunciou algumas outras novidades para este ano. Em outubro chega o utilitário Doblò, em versões de carga e de passageiros, com dois motores: o Fire 1,25 de 80 cv e o novo 1,6 16V do Brava, que por ter melhor distribuição de torque adapta-se mais a um comercial leve. Pode-se esperar que as mesmas opções equipem o novo picape Strada, cujas prováveis linhas o BCWS antecipou (saiba mais).

O Mille com motor Fire 1,0 de 8 válvulas e 55 cv, que alguns anunciaram para junho, demora um pouco mais -- a Fiat estima no final do ano. Questionada pelo BCWS sobre a possível descontinuação do Palio Young, a marca respondeu que essa versão simplificada -- e de estilo mais antigo -- deve permanecer, naturalmente com o motor Fire. Extingue-se, portanto, o veterano "Fiasa" 1,0 de 61 cv, basicamente o mesmo 1,05-litro com que a Fiat inaugurou suas atividades no Brasil.

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