Laranja mecânica

Clique para ampliar a imagem

Saveiro ganha sua versão "aventureira", a Cross, com bom pacote de
equipamentos e visual atraente, mas sempre de cabine estendida

Texto: Geraldo Tite Simões - Fotos: divulgação

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Frente mais imponente, estrutura de alumínio na caçamba, belas rodas de alumínio e outros detalhes deixaram o Saveiro mais atraente e jovial

A cor de lançamento é moda — meio atrasada, é verdade — na indústria automobilística nacional. Batizada de laranja Atacama (deserto na América do Sul, considerado o mais árido do planeta), é uma cor que começou a conquistar o público ainda nos anos 90, quando a marca de motos austríaca KTM usou o laranja como padrão em toda a linha. Em seguida outras motos vieram na garupa e até a sisuda BMW adotou o laranja em alguns modelos. É visível que a “laranjada” se mantenha em alta também entre os carros.

Além de ousado na cor, que terá apenas 200 unidades produzidas na fase de lançamento, o Saveiro Cross traz outros destaques para enfrentar diretamente o Fiat Strada Adventure Locker, como as rodas de alumínio de 15 pol com pneus de uso misto e um pacote visual "aventureiro", que desfaz a sensação de falta de tempero notada na versão Trooper. A VW optou por oferecer o picape apenas na versão de cabine estendida por entender que não é um veículo voltado para o trabalho, mas sobretudo ao lazer. Só deixaram de fora uma boa parcela de usuários que precisa transportar motos, já que essa caçamba curta só comporta uma moto com a tampa aberta, o que é proibido e passível de multa. E a tampa não sai, ao contrário de concorrentes como o próprio Strada.

O Saveiro Cross se encaixa na classe dos carros com “cara” de fora-de-estrada, mas apenas por um apelo de estilo, já que nada mudou na suspensão, relações de transmissão ou altura do solo em relação ao Saveiro Trooper. Até a medida dos pneus foi mantida (205/60 R 15), mas seu desenho agora é para uso misto, com esperada melhora na tração fora do asfalto. Já o trabalho da equipe de estilo merece nota alta, pois o picape ficou realmente bonito e bem acabado. Itens como as molduras de plástico nos para-lamas aparafusadas de dentro para fora ou o padrão dos bancos, que simula a “pegada” deixada por um pneu fora-de-estrada na areia, mostram que a fábrica foi atrás dos detalhes que ressaltam o conceito aventureiro.

Na parte dianteira, a nova seção inferior preta do para-choque com os faróis auxiliares deu um ar imponente, com cara de “mau”. Esses faróis, como no CrossFox 2010, atuam como luzes de neblina quando associados aos faróis baixos e como luzes de longo alcance ("milha") quando se aciona o facho alto dos principais. Outras novidades são molduras laterais que fazem conjunto com os apoios de pé da caçamba, estrutura de alumínio em suas bordas e junto ao vidro traseiro, estribos e o nome da versão aplicado à tampa da caçamba e ao detalhe em tom prata abaixo da grade dianteira. Foi um bom trabalho sobre o picape de desenho mais atual da categoria, cuja linha de cintura alta garantiu bom volume de carga na caçamba (734 litros) e acentuou o aspecto de robustez.

Ao preço sugerido de R$ 41.840, o Cross custa R$ 1.540 a mais que o Trooper de cabine estendida, ambos sem ar-condicionado — opcional que leva a nova versão a R$ 44.684. O Strada Adventure de mesma cabine, com ar de série, sai a R$ 48.970. Os itens de série compreendem alarme com controle remoto, direção assistida, sensor traseiro de estacionamento, espelhos iluminados nos para-sóis, computador de bordo e mostrador multifunção I-System, janela traseira corrediça, volante com ajuste de altura e distância e controle elétrico dos vidros, travas e retrovisores. Restam como opções (além do ar) aquecimento, volante com comandos de áudio, bolsas infláveis frontais, sistema antitravamento (ABS) de freios e rádio/CD com MP3, entradas USB e para cartão SD e interface Bluetooth.

Os bancos são revestidos de couro sintético com tecido no centro, boa opção por manter o corpo mais firme em curvas que o couro. A cabine estendida permite que pessoas acima de 1,75 metro encontrem boa posição de dirigir, por meio das regulagens de banco e volante (este em altura e distância, único na classe). Difícil alguém não se encaixar. O material do revestimento das portas poderia ser reavaliado, pois o plástico tem um aspecto muito simples para sua faixa de preço. Os instrumentos do painel seguem o padrão da linha Gol e caberia rever o tamanho dos caracteres do hodômetro e do relógio. Estão presentes vários porta-objetos, telas elásticas de fixação na parte traseira da cabine estendida e nas laterais dos bancos e uma tomada 12-volts. Continua

Clique para ampliar a imagem Clique para ampliar a imagem

Avaliações - Página principal - Escreva-nos - Envie por e-mail

Data de publicação: 24/2/10

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados