Meio lobo, meio touro

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O Volkswagen Amarok justifica seu nome pelo comportamento
ágil, mas a valentia de seu motor remete a um forte animal

Texto e fotos: Laner Azevedo

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As formas retilíneas são típicas dos picapes, mas o Amarok tem muito de carro de passeio em seu jeito de rodar e no conforto da cabine dupla

 
 
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Com a ampla caçamba que leva uma moto média, sua capacidade de carga supera 1.000 kg; o desempenho do motor biturbo é um destaque

Na língua Inuit falada pelos esquimós, Amarok significa lobo. Nome perfeito para o belo picape de cabine dupla da Volkswagen que, de tão ágil e fácil de dirigir, em muitos momentos se comporta como um carro de passeio, ainda que suas generosas dimensões — com 5,25 metros de comprimento e 1,94 m de largura — sugiram o contrário. Eleito pela segunda vez o melhor da categoria pelos leitores do Best Cars, na 14ª Eleição dos Melhores Carros,  o Amarok foi colocado em avaliação completa em sua versão de topo, a Highline, com câmbio manual (a nova opção com caixa automática ainda não estava disponível).

Ao assumir o volante, poucos quilômetros são necessários para que o condutor se acostume com seu tamanho e pense que de fato está dirigindo um carro. O amplo interior é agradável e repleto de itens que tornam a vida dos ocupantes mais fácil e confortável. A começar pela boa acomodação oferecida pelos bancos dianteiros que, com ajuste de altura, assim como o volante regulável em altura e distância, permitem a pessoas de qualquer estatura encontrar bom posicionamento para dirigir.

Similar ao do Golf europeu, o painel é bem legível e dotado de computador de bordo e de um interessante indicador para se trocar de marcha, tanto para cima quanto — o que é incomum — para baixo. Faz sentido, pois motores a diesel não se tornam mais econômicos quando trabalham com grande abertura de acelerador e baixa rotação. Assim, a sugestão de troca pode evitar que o motorista habituado a um motor do ciclo Otto (a gasolina, álcool ou ambos) submeta o picape a um modo de direção ineficiente.

Sem pecar por excessos, o interior transmite a sensação de sobriedade e bom gosto, mas a aparência dos materiais plásticos poderia ser mais sofisticada para um veículo de seu preço. O ar-condicionado automático de duas zonas e o revestimento de couro são de série na versão. No banco traseiro, a altura do assento e o ângulo imposto às pernas dos passageiros estão entre os melhores do segmento, mas cabe ressalva à posição do encosto, um tanto vertical.

A versão Highline traz sistema de áudio com uma grande tela de LCD, sensível ao toque, e abriga seis CDs em disqueteira interna. No modelo 2012 a Volkswagen decidiu atender aos pedidos dos proprietários que sofriam para estacionar o picape. Agora o Amarok conta com sensores de estacionamento que, além do aviso sonoro, acusa na tela a proximidade de obstáculos e outros veículos quando a marcha à ré é engatada. Faltou o navegador integrado ao mesmo sistema. Outras ausências sentidas são controles de áudio no volante e uma simples entrada USB, recursos presentes em modelos bem mais baratos da marca, como Fox e Gol.
 
Ainda que picapes do porte do Amarok transmitam a sensação de serem brutos e nada suaves, a Volkswagen caprichou no comportamento de seu primeiro modelo na categoria. A suavidade do sistema de direção pode ser comparada à de um automóvel, enquanto a estabilidade em curvas se mostra bem superior ao padrão desse tipo de utilitário. Mesmo com todo seu tamanho — o entre-eixos chega a 3,06 m —, ele não apresentou instabilidade ou grandes torções em curvas a mais de 100 km/h.

Parte da sensação de segurança se dá pelos largos pneus Continental em medida 255/65 R 18. De caráter mais voltado ao asfalto que ao fora-de-estrada, eles ajudam muito o Amarok a se manter "grudado" ao chão. Outro ponto positivo do modelo está nas suspensões, que se mostram suaves e progressivas, filtrando com eficiência as irregularidades dos pisos. O picape comporta-se de forma estável e fácil de controlar também em frenagens intensas e, como opcional na versão, traz controle eletrônico de estabilidade e tração.

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Data de publicação: 14/4/12

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