O interior está mais para
automóvel que para utilitário, com um painel moderno e funcional; o
plástico de que é feito, porém, risca facilmente
Apesar do bom acabamento e do
adequado conteúdo de série, faltam ao Hilux travamento automático das
portas e espelho no para-sol direito |
A linha Hilux 2009 ganhou também leves mudanças na parte dianteira, com
grade e pára-choque diferenciados e aspecto mais robusto, o que em nossa
opinião melhorou o visual do picape. Na versão a gasolina o capô não tem
entrada de ar, pela ausência de resfriador
abaixo dele, presente apenas no motor a diesel de 3,0 litros. A Toyota
aplicou ainda rodas com novos desenhos, que nesta versão ganharam aro de
16 pol e pneus 265/70. E só. O resto do carro continua o mesmo, o que
não é nenhum problema — pelo contrário, pois o Hilux sempre se destacou
pelo acabamento e o belo desenho externo e interno.
Baseado na versão intermediária da linha a diesel, a SR, o Hilux a
gasolina é oferecido somente com cabine dupla, câmbio manual e tração
traseira, sem opção de cabine simples, caixa automática ou tração 4x4.
Entre os equipamentos de série destacam-se bolsas infláveis frontais,
freios com sistema antitravamento (ABS) nas quatro rodas,
ar-condicionado, controle elétrico dos vidros/travas/retrovisores (com
função um-toque para o vidro do
motorista), comando a distância da trava central, volante e banco
ajustáveis em altura, rodas de alumínio e
rádio/toca-CDs com função MP3.
Seu acabamento é bom, mas há detalhes antagônicos de
difícil compreensão. Embora o painel tenha belo desenho, boa ergonomia e
grande funcionalidade, seu plástico é um tanto duro e propenso a riscos.
Falta o travamento automático das portas quando se inicia a marcha e, se
há porta-óculos no teto e luzes de leitura para motorista e passageiro,
não se previu um mero espelho no para-sol do lado direito, algo que
qualquer carro popular oferece. O carpete é de excelente qualidade e
aparência, mas o tecido dos bancos deixa um pouco a desejar.
São aspectos que se contrapõem de maneira curiosa e que, se não
incomodariam em um utilitário, passam a ser exigidos a partir do momento
em que o picape se propõe a ficar parecido aos carros de passeio. No
geral, porém, a cabine do Hilux recebe bem o motorista e seus
passageiros, com espaço suficiente para cinco pessoas, ainda que os três
do banco traseiro viajem com os ombros em contato constante. Suas pernas
encontram espaço longitudinal razoável e o assento tem a altura correta,
o que não se vê em vários concorrentes.
Externamente, o Hilux a gasolina se diferencia dos demais pelas
inscrições que identificam o motor nas portas dianteiras, embora não
haja o nome da versão na tampa traseira, como ocorre com as versões a
diesel — só o documento o identifico como Hilux SR. As maçanetas não são
pintadas na cor da carroceria nem os espelhos são cromados,
exclusividades do SRV a diesel. No entanto, essa versão vem de série com
belas rodas de alumínio e pneus Bridgestone Dueler H/T, conjunto que
equipava o Hilux SW4 até o ano
passado e causa efeito muito benéfico ao aspecto do carro.
Continua |