Pode me chamar de automóvel

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Em sua primeira incursão aos picapes leves, a Peugeot obtém no
Hoggar o melhor compromisso entre conforto e transporte de carga

Texto: Fabrício Samahá e Geraldo Tite Simões - Fotos: divulgação

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As grandes lanternas chamam a atenção no desenho do Hoggar, criado aqui mesmo; no Escapade cativa a disposição do motor de 110/113 cv

Tente puxar da memória um picape Peugeot e o máximo de que vai se lembrar é do 504 importado da Argentina no começo dos anos 90 — um utilitário sem pretensões de ser atraente, com motor a diesel de 2,3 litros e que chamava atenção pela enorme inscrição "1,3 tonelada" na tampa da caçamba, de início grafada erroneamente no plural, "toneladas". Os tempos eram outros para a marca francesa, que nem produzia carros em Porto Real, RJ e ainda engatinhava no mercado brasileiro. Quase 20 anos depois, bem incorporada à paisagem do País, a Peugeot lança seu primeiro picape leve, projetado e fabricado aqui mesmo: o Hoggar (pronuncia-se "ogar", com tônica no "a").

Denominado em referência a uma cadeia de montanhas no sul da Argélia, no deserto do Saara, na África, o novo membro da linha 207 chega em três versões: X-Line, XR e Escapade, em ordem ascendente. O X-Line, com preço sugerido de R$ 31.400, tem o aspecto discreto de um carro de trabalho. Vem de série com rodas de 14 pol e pneus 175/65, imobilizador de motor, bancos revestidos em tecido, painel com conta-giros e indicador de revisão, limpador do para-brisa com temporizador, regulagem de altura do banco do motorista e do volante, para-sóis com espelho de cortesia, temporizador de faróis, luz traseira de neblina, ajuste interno dos retrovisores, vidros verdes, janela traseira corrediça e tampa da caçamba com travamento por chave. Há um só opcional, ar-condicionado — deveria existir opção separada de aquecimento para regiões frias, como o sul do País. Direção assistida não está disponível.

O XR sai por R$ 35.350 e acrescenta direção assistida, pneus de uso misto 175/70 em rodas com calotas, faróis com máscara escura, barras sobre a cabine que terminam na parte traseira das colunas, faróis de neblina, tampa do porta-luvas e relógio digital. O único grupo de opções abrange ar-condicionado, controle elétrico dos vidros e travas das portas, seu travamento automático em movimento e controle remoto para travá-las. Enfim, o Escapade (R$ 43.500) adiciona para-choques diferenciados, molduras pretas nos para-lamas, rodas de alumínio de 15 pol com pneus 185/65, ar-condicionado, bancos esportivos, controle elétrico dos vidros (com função um-toque para o do motorista), travas (com controle remoto de travamento) e retrovisores, detalhes internos em cor prata, instrumentos com fundo claro (que escurece sob baixa iluminação ambiente), pedais esportivos de alumínio, bolsa para objetos atrás do banco do passageiro, indicadores de temperatura externa e porta mal fechada, alto-falantes (não há sistema de áudio), terceira luz de freio e grade protetora do vidro traseiro. Como opção, apenas bolsas infláveis — freios antitravamento ABS não são oferecidos.

Há ainda acessórios nas concessionárias como protetor de caçamba, cobertura marítima, grade para o vidro traseiro, terceira luz de freio, barras de teto, estrutura de caçamba ("santantônio"), protetor do para-choque dianteiro, estribos, soleira do tipo alumínio, rede para objetos, rodas de alumínio, teto solar (rebatível e com comando elétrico) e rede para transporte de objetos que ultrapassem os limites da caçamba.

O Hoggar tem desenho quase todo nacional — a exceção fica para a parte dianteira da cabine, a mesma dos 206 e 207. É um picape bonito. A Peugeot optou pela ousadia no estilo da traseira, em que se destacam as grandes lanternas triangulares com três elementos ovalados e luz de ré só na direita, pois na esquerda vem a luz de neblina. A vista lateral com as lanternas avançando pelos para-lamas pode causar alguma estranheza, mas é coerente com o que os faróis fazem na outra extremidade; além disso, elas são visíveis à noite mesmo quando o carro está de lado. A frente é do 207, mas no Escapade foi colocado um aplique em cor de alumínio a pretexto de “quebra-mato”, de gosto questionável — lembra aquelas dentaduras de Drácula que as crianças usam no Dia das Bruxas. Discrição nunca foi o forte desses veículos “aventureiros”. Por ter usado as portas do 207 de cinco portas e não as do modelo de três (mais longas), a fábrica recorreu a uma pequena janela nas colunas traseiras que evita deixá-las muito espessas, mesma solução do Montana. Não se trata de uma cabine estendida, possível opção para o futuro de que a Peugeot ainda não fala. Continua

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Elementos em prata estão ao redor da cabine e no para-choque dianteiro, de gosto discutível; a tampa da caçamba tem travamento e fácil remoção

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Data de publicação: 29/4/10

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