Motor, câmbio, suspensão e
pneus foram revistos para melhorar o consumo, ao custo de ligeira perda
em desempenho, ainda adequado
O econômetro ao lado do
velocímetro (agora de fundo clato) orienta o motorista a dirigir com
menor consumo; de resto, apenas novos tecidos |
Embora não tenha havido alteração em potência e torque, o desempenho
anunciado é um pouco inferior ao de antes: a velocidade máxima caiu de
156 para 153 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h passou de 14,2 para
14,7 segundos, sempre abastecido com álcool. Em contrapartida, o
objetivo de tornar o Mille mais econômico foi plenamente atingido pelos
dados informados pelo fabricante, que correspondem a padrão ABNT: com
gasolina, melhorou de 14,3/20,0 km/l (cidade e estrada, na ordem) para
15,6/22,0 km/l; com álcool, de 10,1/14,2 para 11,1/15,6 km/l.
A Fiat adotou ainda pára-choques com pintura parcial na cor do carro,
nova grade na cor cinza com frisos cromados, calotas redesenhadas, rodas
opcionais de alumínio e o novo logotipo da marca, em vermelho. Por
dentro, o painel central recebeu nova cor e foi adotado outro tecido nos
bancos.
Ao volante
A Fiat levou a imprensa a Fortaleza, CE para dirigir o Economy. É o
mesmo Mille em tudo. A alteração dos ângulos da suspensão não ocasionou
mudanças significativas no rodar e no comportamento. Este ficou apenas
um pouco mais subesterçante (maior a tendência a sair de frente nas
curvas), o que pode ser benéfico com veículo completamente carregado. A
direção pareceu estar mais leve.
Os pneus Bridgestone pesam 5% menos do que os normais (cerca de 8 kg),
mas não têm sílica na massa em razão do piso brasileiro — isto é,
buracos —, segundo a Fiat. Tivessem o componente na massa, os pneus
poderiam ter problemas de resistência. Do total de 10% de redução de
atrito de rolagem conseguido, 3% resultam dos pneus, 5% das mudanças no
motor e no câmbio e os 2% restantes das rodas mais retas à frente e
menos cambadas.
No motor não se notam mudanças, mas já está enquadrado nos novos limites
de emissões que vigorarão a partir de janeiro, o Proconve 5. Apesar da
discreta perda de desempenho, o baixo peso permite que se mantenha um
carro ágil, capaz de boa desenvoltura em meio ao tráfego. Vale notar a
injeção de combustível na partida, antes em conjunto e agora seqüencial,
melhorando as emissões na fase fria.
De uma maneira geral, o Mille evoluiu. Segue firme para completar 25
anos de Brasil, em agosto de 2009. |
MOTOR
- transversal, 4 cilindros em linha; comando no cabeçote,
2 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 70 x 64,9 mm.
Cilindrada: 999,1 cm3. Taxa de compressão: 11,65:1. Injeção
multiponto seqüencial. Potência máxima: 65 cv (gas.) e 66 cv (álc.) a 6.000 rpm. Torque máximo:
9,1
m.kgf (gas.) e 9,2 m.kgf (álc.) a 2.500 rpm. |
CÂMBIO
- manual, 5 marchas; tração dianteira. |
FREIOS
- dianteiros a disco; traseiros a tambor. |
DIREÇÃO
- de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica (opcional). |
SUSPENSÃO
- dianteira e traseira, independentes McPherson. |
RODAS
- 4,5 x 13 pol; pneus, 165/70 R 13. |
DIMENSÕES
- comprimento, 3,692 m; largura, 1,548 m; altura, 1,445 m;
entreeixos, 2,361 m; capacidade do tanque, 50 l; porta-malas, 270
l; peso, 830 kg (5-portas). |
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