Classe rejuvenescida

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Ainda recente, o Mercedes-Benz Classe C com turbo e injeção direta
chega reestilizado e ganha a caixa automática de sete marchas

Texto: Roberto Agresti - Fotos: divulgação

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Faróis (com sistema adaptativo no C 250) e para-choque são mudanças mais fáceis de notar; visto por trás, o Classe C é praticamente o mesmo

O novo Mercedes-Benz Classe C é apresentado agora no Brasil com pequena defasagem de sua estreia no palco europeu, onde as vendas começaram em março. Após quatro anos de sua última modernização mais extensa, o modelo médio da marca alemã — cuja saga se iniciou com o lendário 190, apresentado em 1982, seguido pelas três gerações do Classe C em 1993, 2000 e 2007 — chega agora sob um discurso bastante peculiar da parte dos executivos da Mercedes-Benz.

Eles chamam o trabalho feito de face-lift, ou cirurgia plástica, mas frisam que "para outros fabricantes realizar mais de 2 mil alterações num projeto o converteria automaticamente em nova geração". Uma alegação estranha por parte de uma empresa que, como as "outras", costuma chamar de geração nova cada reforma parcial feita no meio do ciclo de produção de seus modelos. Os executivos, de qualquer forma, enfatizam ser esse o maior face-lift jamais feito na história da marca.

Semântica à parte, são três as versões apresentadas agora, todas elas em carroceria sedã de quatro portas: a de entrada C 180 CGI Classic, ao preço sugerido de R$ 116.900; a intermediária C 200 CGI Avantgarde, por R$ 150.900; e a de topo C 250 CGI Sport, pela qual se pagam R$ 191.900. Por enquanto não está disponível opção de seis cilindros, que no exterior ganhou um novo V6 de 3,5 litros e 306 cv.

Lamenta-se que as alterações cheguem apenas dois meses depois do lançamento do C 250 ainda com o desenho antigo: mesmo que o consumidor pudesse saber das mudanças reveladas no exterior, a sensação de ter seu novo carro já envelhecido é inevitável
— e mais grave em uma marca com tanta tradição.

A estimativa de vendas anunciada é de 6 mil exemplares no ano, sendo 60% da opção mais barata e os restantes 40% divididos igualmente pelas outras versões. Atingindo esses números, o Classe C se colocará como responsável por 60% das vendas totais dos automóveis da empresa no Brasil, estimadas em 10 mil unidades para 2011. A concorrência é formada diretamente pelo BMW Série 3 e o Audi A4, embora haja alternativas em marcas de fora do trio alemão de prestígio, como Honda Accord, Volkswagen Passat CC e o novo Volvo S60.

A expressão Blue Efficiency, que na língua dos alemães de Stuttgart significa economia de combustível sem abrir mão de potência, foi das mais proferidas nos discursos de apresentação. Como já ocorria nos últimos meses antes da reestilização, as três versões do elegante sedã têm sob o capô — peça agora de alumínio — um mesmo motor de quatro cilindros em linha e 1,8 litro, com injeção direta e sobrealimentação por turbocompressor, que em virtude de ajustes eletrônicos diversos obtém números de potência e torque diferentes em cada uma das versões.

Ou seja, há um mesmo hardware com diferentes softwares, como se disse na apresentação técnica dos modelos. No C 180 CGI Classic a potência declarada é de 156 cv com torque de 25,5 m.kgf, no C 200 CGI Avantgarde são 184 cv e 27,4 m.kgf, e no C 250 CGI Sport o motor gera 204 cv e 31,5 m.kgf. Como se percebe, ficou mesmo no passado a correlação entre o número que designa cada versão e a cilindrada de seu motor. Continua

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Detalhe do retrovisor com luz em forma de seta, já usado antes; a versão Sport vem com rodas AMG de 17 pol e pneus diferentes à frente e atrás

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Data de publicação: 18/5/11

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