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Lobo mau

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O carro esporte nacional Lobini H1 empolga pelo desempenho
e pelas reações, ainda que necessite de alguns ajustes

Texto: Gino Brasil - Fotos: Fabrício Samahá
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À parte a frente compacta, que destoa um pouco do conjunto, o Lobini H1 tem linhas modernas e atraentes, que despertam muita curiosidade

Em 1976 as importações de veículos no Brasil foram proibidas. Em razão do mercado fechado, a alternativa do mercado foi desenvolver aqui mesmo carros especiais e esportivos, ainda que muitas vezes limitados em desempenho pelas mecânicas disponíveis. Dessa época em diante, pequenas fábricas de carros com motores de modelos de linha e carroceria de plástico reforçado com fibra-de-vidro — os chamados fora-de-série — proliferaram.

Dessa escola surgiram diversos modelos e muitos deles ganharam notoriedade, caso de Santa Matilde, Miura, Dardo e Farus (o mais famoso deles, o Puma, já existia desde a década anterior). Os motores mais usados eram o 1,6-litro arrefecido a ar da Volkswagen, o 4,1 de seis cilindros do Opala e, mais na década de 1980, os 1,6 e 1,8 "a água" do Passat.

Em 1990 as importações foram reabertas e, com a chegada de automóveis mais modernos e bem-construídos a preço semelhante, as fábricas de fora-de-série foram obrigadas a fechar as portas. Não tinham como suportar a competição dos importados. Muitos acreditavam que, após a abertura do mercado, esse tipo de fábrica nunca mais retornaria ao cenário automobilístico nacional. Mas não foi o que se viu com o surgimento de empresas como Chamonix, Troller e Lobini.

O Lobini tem uma história interessante. Ele nasceu do sonho e da vontade de duas pessoas. José Orlando Lobo, um português radicado no Brasil e apaixonado por automóveis, tinha vontade de fazer para si um esportivo simples e eficiente. Foi quando encontrou Fábio Birolini, que também abraçou a idéia de fabricar um carro nesses moldes e seria o responsável por seu desenho. Da junção de seus sobrenomes surgiu o nome do modelo, que mais tarde batizaria a própria fábrica.

O primeiro protótipo, chamado de P1, já tinha o desenho bem semelhante ao do carro atual, mas a parte mecânica era bem diferente. Ele usava um motor V6 de 3,0 litros do Alfa Romeo 164, montado em posição central-traseira e com preparação que levava sua potência para cerca de 240 cv. Segundo o próprio pessoal da Lobini, o carro era "nervoso" e difícil de dirigir.

Foi após apresentar esse modelo a clientes potenciais que o Lobini de fato surgiu. Muitos ficaram encantados com o protótipo e sinalizaram intenção de compra daquele esportivo que acabava de nascer. Como resultado das sugestões desse público, os idealizadores passaram a fazer alterações como a troca do conjunto motriz, buscando um que fosse mais fácil de adquirir no mercado interno, mais barato e também de manutenção mais simples. Optou-se então pelo motor 1,8-litro com turbocompressor, 20 válvulas e 180 cv que equipa o Golf GTI e era usado no Audi A3. Isso fez também com que a suspensão traseira fosse reprojetada, pois o P1 usava a arquitetura da suspensão dianteira do Alfa 164, incluído o subchassi, aplicada à traseira.

Os anos se passaram e tanto o carro como a fábrica passaram por evoluções. A empresa mudou de mãos e hoje é controlada por Antônio Ermírio de Moraes Filho. Isso, contudo, não fez com que o carro perdesse o espírito esportivo e a exclusividade. Todo esse esforço resulta em um carro interessante e com muitos atributos, mas que necessita de algumas correções. Continua

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Data de publicação: 22/3/08

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