Utilitário mais esporte, mas não muito

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O Kia Sportage ganha linhas atraentes e evoluções técnicas, só que
desempenho e comportamento não correspondem à nova imagem

Texto: Fabrício Samahá e Geraldo Tite Simões - Fotos: divulgação

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O projetista da Kia ousou no modelo: linha de cintura alta, traços fortes e a frente característica da marca formam um estilo que se destaca

Mais até que outros modelos da Kia, o utilitário esporte compacto Sportage beneficiou-se muito da nova fase de estilo da marca sul-coreana, a cargo do projetista alemão Peter Schreyer (ex-Audi). Um tanto tímido na geração inicial lançada em 1993 e ainda sem grandes destaques na segunda, de 2004, o Sportage chega à terceira edição com linhas muito modernas e atraentes.

Não só o desenho foi refeito: o carro é todo novo, a começar pelas dimensões. Ficou 90 mm mais longo, 15 mm mais largo e 60 mm mais baixo, o que lhe conferiu um aspecto mais esportivo e menos utilitário. No estilo elegante, inspirado no do carro-conceito Kue de 2007, a frente agora tem os mesmos traços de toda a linha Kia, que remete a um tigre em pleno ataque, segundo a marca. Os faróis baixos usam refletor elipsoidal.

Também chamam atenção a linha de cintura muito alta, que deixa os vidros laterais com perfil bem baixo; as colunas traseiras largas, para sensação de robustez; e as lanternas grandes e elevadas. O coeficiente aerodinâmico (Cx) melhorou de 0,40 do anterior para 0,37, marca apenas regular para o tipo de veículo, e houve redução de peso ao redor de 90 kg
boa notícia em um tempo de carros cada vez mais pesados para atender a novas normas de segurança.

Entrar no Sportage está mais fácil com o rebaixamento da soleira da porta e dos bancos em cerca de 30 mm, comparado à segunda geração. Ali dentro, sem chegar a ser luxuoso, o modelo tem desenho agradável no painel e transmite certa esportividade nas formas. Os dois tetos solares, opcionais, compensam as janelas estreitas e deixam o ambiente claro e iluminado quando se deseja.

Há bom conforto nos bancos dianteiros com múltiplas regulagens, revestidos de couro como o volante. Para quem vai na frente o ajuste do ar-condicionado é individual. Já atrás, desfruta-se um amplo espaço, mas o passageiro tem uma área pequena de janelas que traz sensação de clausura. A tampa do porta-malas tem abertura simples e uma providencial alavanca na moldura para facilitar o fechamento. Com o banco traseiro na posição normal podem-se carregar 740 litros, que aumentam para 1.547 litros com o banco rebatido.

Nos mercados europeus o Sportage oferece seis motores, sendo quatro a diesel, que não podem equipá-lo aqui por causa da legislação (apenas a primeira geração teve essa versão, pois contava com caixa de redução), em uma gama que vai de 115 a 166 cv. Só esse último está disponível por aqui: o de 2,0 litros e 16 válvulas, com bloco e cabeçote de alumínio e variação contínua do tempo de válvulas de admissão e escapamento, igual ao do "primo" IX35 vendido pela empresa sócia Hyundai.

A caixa de câmbio automática de seis marchas, que só não equipa a versão de entrada (saiba mais adiante), oferece a opção de trocas manuais e vem com controle de ponto-morto, boa medida de economia de combustível. Na configuração dotada de tração integral, as rodas motrizes continuam a ser as dianteiras em condições normais de aderência, mas parte do torque segue para as traseiras quando aquelas perdem tração. O motorista pode ainda bloquear a repartição entre os eixos, por igual, por meio de um botão. Outra novidade é a assistência elétrica da direção, que segundo a fábrica poupa até 3,5% em combustível. Continua

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Data de publicação: 1/4/11

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