Picanto, a segunda chance

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Parece que agora é para valer: o pequeno da Kia vem mais atraente,
com esperto motor flexível e bom conteúdo a partir de R$ 34.900

Texto: Fabrício Samahá e Paulo de Araújo - Fotos: divulgação

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De R$ 34,9 mil a R$ 44,9 mil, há quatro opções com bons equipamentos, que incluem seis bolsas infláveis e teto solar nos níveis superiores

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Elementos de estilo típicos dos novos Kias dão ao Picanto um aspecto moderno, sem perder a fácil ligação visual com sua geração anterior

Carros bem pequenos, mas com estilo charmoso e fartos itens de conforto e segurança, são comuns há tempos na Europa e no Japão, mas não no Brasil. A Ford bem que tentou com o primeiro Ka, depois reposicionado como modelo de entrada, e a Renault importou o Twingo, que nunca emplacou. A Kia veio com proposta semelhante com a primeira geração do Picanto, lançada na Coreia do Sul em 2004 e aqui dois anos depois: um carro de apenas 3,5 metros de comprimento, mas com certas comodidades e até câmbio automático opcional.

Agora aparece o Picanto de segunda geração, apresentado em março no Salão de Genebra e disponível em quatro níveis de equipamentos, todos com cinco portas. O catálogo J-318, ao preço de R$ 34.900, vem com bolsas infláveis frontais, encosto de cabeça para cinco ocupantes, rodas de alumínio de 14 pol, faróis de neblina, ar-condicionado, direção com assistência elétrica, banco do motorista com regulagem de altura, banco traseiro bipartido, travamento com controle remoto, rádio/CD/MP3 (com entradas USB, auxiliar e para Ipod), volante revestido de couro com comandos de áudio e controle elétrico de vidros, travas e retrovisores.

O J-368 adiciona câmbio automático de quatro marchas e custa R$ 39.900. O J-320, que vem com caixa manual e tem o mesmo preço, acrescenta ao J-318 freios com sistema antitravamento ABS (que a Kia não pretendia oferecer, mas reviu a decisão) e discos também na traseira, bolsas infláveis laterais dianteiras e cortinas (para a área de vidros lateral), teto solar, lanternas traseiras com leds e espelho iluminado no para-sol do motorista. Finalmente, o J-370 é um J-320 com câmbio automático, a R$ 44.900. A garantia de cinco anos já é habitual na Kia.

Ao olhar o novo Picanto nota-se logo a familiaridade com o anterior. As formas inspiradas que têm caracterizado os últimos Kias estão bem presentes, mas há clara ligação com o modelo original, caso do vinco lateral que "atravessa" as maçanetas. Ficaram bem evidentes no novo modelo o tamanho dos faróis, sua proximidade do para-brisa, a ascensão da linha de cintura em direção à traseira e as lanternas em forma de bumerangue.

Em comparação ao anterior, o comprimento aumentou 10 cm, de 3,495 para 3,595 metros; a largura manteve-se em 1,595 m; a altura passou de 1,48 para 1,49 m e a distância entre eixos cresceu de 2,37 para 2,385 m. Como em praticamente todo carro, o peso subiu na troca de geração, de 890 para 940 kg com câmbio manual. Muito bom para seu tamanho é o coeficiente aerodinâmico (Cx) informado, 0,31.

O ambiente interno é bem desenhado, com os instrumentos do painel em três módulos, já característicos da marca, e aparelho de áudio bem integrado ao conjunto. A posição de dirigir mostra projeto cuidadoso, com boa relação entre banco, pedais e volante, embora não haja regulagem em distância para o último. Painel e portas usam plásticos rígidos, mas de bom aspecto; o revestimento dos bancos é em tecido de qualidade adequada com predomínio de tom cinza — ficou no passado, para o Brasil, a ousadia cromática do antigo Picanto e seu interior que repetia a cor da carroceria.

A Kia não deixou de fora conveniências como retrovisores externos com aquecimento e rebatimento elétrico, limpador de para-brisa com intermitência ajustável, porta-copos, função um-toque para o comando do vidro do motorista (poderia haver para todos), abertura interna da tampa de combustível, luz interna com temporizador e apagamento gradual e banco traseiro bipartido 60:40, mas faltou a faixa degradê no para-brisa. Outra falha é o acabamento bastante pobre visto ao se rebater o banco traseiro.

As pequenas dimensões não permitem ao Picanto ser expoente em espaço, mas ele não chega a ser apertado. Um passageiro de média estatura senta-se atrás de um motorista do mesmo porte com conforto, sem encostar com facilidade a cabeça no teto. Difícil mesmo é acomodar três adultos no estreito banco traseiro. A Kia divulga aqui a capacidade de bagagem de 292 litros, muito maior que a do antigo (apenas 157), mas no exterior fala em 200 litros, o que o deixaria em desvantagem na classe. O estepe é interno. Continua

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Data de publicação: 29/8/11

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