Atraente, mas não pelo preço

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Sucessor do Tucson em outros mercados, o Hyundai IX35 convence ao
ser visto e dirigido, só que a relação custo-benefício não se destaca

Texto: Geraldo Tite Simões - Fotos do autor e de divulgação

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Com vincos marcantes e uma linha de cintura alta que reduz os vidros, o estilo do IX35 é moderno e se constituirá bom argumento de vendas

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O interior mostra bom acabamento, espaço adequado e conforto para o motorista; o teto solar panorâmico é restrito ao pacote "completíssimo"

Foi um lançamento estranho. O IX35, novo crossover da Hyundai, já vinha sendo vendido pelas concessionárias da marca antes da apresentação oficial à imprensa. Outra estranheza: no momento não será vendida a versão com motor de 2,4 litros no Brasil; mesmo assim, havia 20 delas à disposição para avaliação. Em alguns mercados esse modelo se chama Tucson (como nos Estados Unidos) ou mesmo Tucson IX (Coreia), mas no Brasil usa o nome IX35 — o mesmo da Austrália, África do Sul e Europa — porque o Tucson antigo continua em produção, agora na fábrica de Anápolis, Goiás e não mais importado da Coreia do Sul.

A gama do IX35 compreende de início apenas versões com o motor Theta II de 2,0 litros e 16 válvulas, com potência de 166 cv. Com câmbio manual de cinco marchas, tração dianteira, bolsas infláveis frontais, freios com sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica de força entre os eixos (EBD) e ar-condicionado com ajuste manual, tem preço sugerido de R$ 88 mil. A caixa automática de seis marchas adiciona R$ 5 mil. Por mais R$ 10 mil, chegando a R$ 103 mil, leva-se o que a Hyundai chama de "completo": ar-condicionado automático de duas zonas, controlador de velocidade, sensores de estacionamento traseiros e chave inteligente com partida do motor por botão, entre outros itens.

É um preço salgado diante da concorrência, diferente dos valores atraentes com que a Hyundai conquistou mercado até agora. Mas há mais. A mesma versão pode vir com tração integral por R$ 108 mil e o último pacote, curiosamente chamado de "completíssimo", traz teto solar panorâmico de comando elétrico, bolsas infláveis laterais e de cortina, controles de tração e de estabilidade, assistente em aclives/declives e câmera traseira para orientar manobras, mas com tração apenas dianteira, por R$ 115 mil. O dito "completíssimo" com tração integral vem mais adiante, ainda sem valor definido.

As versões turbodiesel de 1,7 e 2,0 litros, com opção entre 115, 136 e 184 cv, não serão vendidas no Brasil pois não trazem caixa de redução, necessária para o veículo ser enquadrado legalmente como jipe. Outra versão, ainda a ser lançada em mercados externos e sem previsão de aportar por aqui, é a de 1,6 litro a gasolina com injeção direta, parada/partida automática e 140 cv. O modelo é produzido em Ulsan, Coreia do Sul para a maior parte dos mercados, mas também sai de unidades em Zilina, Eslováquia e Pequim, China para atender a algumas regiões.

Com as linhas apelidadas pela Hyundai de "fluídicas", o IX35 não tem o jeitão de utilitário esporte (SUV) tradicional: está mais para um crossover, veículo que combina elementos de automóvel e de SUV. A grade frontal em forma hexagonal segue outra tendência e dá um ar imponente, assim como os vincos marcantes no capô, nos para-lamas e na parte inferior das portas. O teto rebaixado na parte traseira e a linha de cintura alta, que "espreme" a área de vidros lateral, reforçam essa ideia de um misto de hatch com utilitário. O conjunto — antecipado pelo carro-conceito IX-Onic alguns meses antes do lançamento, no ano passado — é atraente e certamente será argumento de vendas, aqui ou em qualquer parte do mundo.

Em relação ao Tucson original, o IX35 mede mais 85 mm em comprimento (4,41 metros), 20 mm em largura (1,82 m) e 10 mm em distância entre eixos (2,64 m), mas é 25 mm mais baixo (1,665 m) sem alteração no vão livre. Porte, potência e preço o colocam na mesma categoria de Kia Sorento (motor 2,4, 174 cv, a partir de R$ 96.900), Honda CR-V LX (motor 2,0, 150 cv, R$ 88.410) e EXL (R$ 102.910), Chevrolet Captiva (motor 2,4, 171 cv, R$ 87.425) e Volkswagen Tiguan (motor 2,0 turbo, 200 cv, R$ 100 mil). Em breve haverá a nova geração do "primo" Sportage, da sócia Kia, a preço menor que o do Sorento.

O interior do novo Hyundai tem bom acabamento. Claro que há plástico em abundância, mas de boa qualidade, e o revestimento de couro nos bancos e volante melhora o aspecto. Painel e volante mostram desenho moderno e deixam os comandos bem à mão. O quadro de instrumentos tem um ar esportivo e iluminação permanente. O volante traz regulagem de altura, mas não de distância. Na frente é muito espaçoso e há um apoio de pé eficiente para o motorista. Os bancos têm regulagem elétrica para motorista, incluindo apoio lombar, e manual para acompanhante. Continua

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Data de publicação: 4/8/10

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