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O teto solar corre por fora e tem grandes dimensões; capacidade de bagagem não é com ele, que leva 185 litros ou 550 com banco rebatido

O sistema de áudio inclui interface Bluetooth para celular e comando de voz; ar-condicionado e controles elétricos de vidros podem melhorar

Botão Sport: direção mais firme e respostas do acelerador mais rápidas

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Concepção técnica sem requintes, mas com alta dotação de segurança: controle de estabilidade e sete bolsas infláveis são padrão em todo 500

Derivado do que equipa a linha nacional da Fiat, o motor de 100 cv gira macio e tem bom desempenho em alta rotação, mas não muito em baixa

Nesse aspecto, a opção por seis marchas é discutível. Por um lado, garante pequena queda de giros a cada troca em alto regime, o que agrada até mesmo aos ouvidos; por outro, torna necessárias mais mudanças no uso urbano em relação a um câmbio de cinco marchas com primeira e última semelhantes. Em rodovia, a sexta do tipo sobremarcha resulta em rotação baixa (3.400 rpm a 120 km/h, contra 3.650 do mesmo carro com caixa automatizada de cinco marchas), o que se faz agradável pelo nível de ruído contido e ajuda no baixo consumo, mas traz um problema para quem tiver preguiça de reduzir: a resposta inicial quando se acelera mais nessa marcha praticamente não existe, sendo aconselhável viajar em quinta (a 4.100 rpm) se a intenção for encarar subidas sem perda de velocidade.

A suspensão foi calibrada com ênfase no comportamento dinâmico, o que traz dois lados da moeda. O lado positivo é que o carrinho chega a divertir pela precisão com que toma as curvas: com molas e amortecedores de carga alta e pneus Continental assimétricos, largos e de perfil bem baixo (195/45 R 16), é comum contorná-las muito rápido e perceber que o limite ainda estava bem acima. Provocado, ele sai de frente em dose moderada — e há sempre a tranquilidade de contar com controle de estabilidade, de série, para qualquer excesso. O lado negativo é que o rodar se torna realmente desconfortável em piso irregular, sobretudo pela traseira, com o agravante da pequena distância entre eixos (de 15 a 20 centímetros abaixo de um carro pequeno típico nacional). Chega a incomodar a quem, sem pretensões esportivas, busca nele apenas uma opção charmosa para a cidade. Esses devem ao menos evitar o pacote Full e manter os pneus 185/55 R 15 de série, mais que suficientes para o carro.

Uma calibração de suspensão mais macia seria bem-vinda, mas a Fiat alega ter priorizado a estabilidade e admite que a presença do controle de estabilidade complica qualquer intervenção, pois o sistema eletrônico considera as definições originais europeias. Também poderia ser adotado batente hidráulico nos amortecedores para evitar ruído no fim do curso, como ao passar mais rápido por lombadas. Em contrapartida, a direção com assistência elétrica mostra peso ideal tanto em baixa (levíssima) quanto em alta velocidade. O botão Sport no painel aciona um modo mais esportivo que deixa o volante mais pesado — sem vantagem em nossa opinião, a não ser que o motorista se incomode em não fazer esforço nas manobras — e a resposta do acelerador mais rápida. A dotação de segurança passiva é destaque, pois há sete bolsas infláveis: duas frontais, duas laterais inferiores nos bancos dianteiros, duas cortinas para toda a área envidraçada lateral e uma para os joelhos do motorista. Vem até com auxílio de saída que impede o carro de descer quando se arranca em uma subida.

Tudo considerado, o 500 aparece como uma válida opção para quem quer — e aceita pagar mais por — um carro pequeno que seja, antes de tudo, atraente e diferente da grande massa de modelos nacionais nas ruas. Tem um jeito nostálgico sem cair no exagero, oferece desempenho satisfatório, bom conteúdo de conforto e segurança e é ainda bastante divertido para dirigir com entusiasmo, de uma forma próxima à da antiga geração do Ford Ka. Sua maior restrição ao perfil de público que almeja, a nosso ver, não está na exiguidade de espaço ou nas falhas de acabamento, mas a suspensão desconfortável nas condições de uso habituais do Brasil.

Ficha técnica

MOTOR - transversal, 4 cilindros em linha; bloco de ferro fundido, cabeçote de alumínio; duplo comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 72 x 84 mm. Cilindrada: 1.368 cm3. Taxa de compressão: 10,8:1. Potência máxima: 100 cv a 6.000 rpm. Torque máximo: 13,4 m.kgf a 4.250 rpm. Injeção multiponto sequencial.

CÂMBIO - manual, 6 marchas; tração dianteira. Relações: 1ª) 3,54; 2ª) 2,16; 3ª) 1,48; 4ª) 1,12; 5ª) 0,92; 6ª) 0,77; diferencial, 4,07. Velocidade por 1.000 rpm (em km/h): 1ª) 8; 2ª) 13; 3ª) 18; 4ª) 24; 5ª) 29; 6ª) 35.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado, 257 mm ø; traseiros a disco, 240 mm ø; antitravamento (ABS).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência elétrica; diâmetro de giro, 10,6 m.
SUSPENSÃO - dianteira, independente, McPherson, mola helicoidal, estabilizador; traseira, eixo de torção, molas helicoidal, estabilizador.
RODAS - 6,5 x 16 pol; pneus, 195/45 R 16.
DIMENSÕES - comprimento, 3,546 m; largura, 1,627 m; altura, 1,492 m; entre-eixos, 2,3 m; bitola dianteira, 1,414 m; bitola traseira, 1,408 m; coeficiente aerodinâmico (Cx), 0,325; capacidade do tanque, 35 l; porta-malas, 185 l (550 l com banco rebatido); peso, 930 kg.
GARANTIA - 1 ano sem limite de quilometragem; informações de fábrica, 0800 7071000.
CARRO AVALIADO - ano-modelo, 2010; pneus, Continental Conti Premium Contact 2; quilometragem inicial, 3.000 km.
Comentário técnico
> O 500 é fabricado na pequena cidade de Tychy, no sul da Polônia, na mesma fábrica que produz o Ford Ka do mercado europeu. Sua concepção técnica não tem surpresas, como da suspensão dianteira McPherson e da traseira por eixo de torção, bastante comuns no mercado (no Smart e no Mini é o contrário: há muitas peculiaridades mecânicas).

> O motor 1,4 de 16 válvulas é intermediário entre os oferecidos na Europa, onde há mais quatro opções: 1,2 a gasolina de 69 cv, 1,4 da versão Abarth com turbocompressor e 135 cv, 1,3 Multijet turbodiesel de 75 cv e o mesmo motor com 95 cv. As versões a diesel contam com parada/partida automática para reduzir o consumo e as emissões em uso urbano. Em setembro chega àquele mercado a linha Twin-Ar, com uma unidade de dois cilindros e 900 cm3 dotada de turbo e admissão variável pelo levantamento das válvulas (como no sistema Valvetronic da BMW, que elimina a borboleta de aceleração), para obter 85 cv e consumir 30% menos que o 1,4 atual, de acordo com a Fiat.

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