A Fiat na onda retrô

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Herdeiro de um sucesso dos anos 50 aos 70, o Fiat 500 chega agora
ao Brasil em busca de um espaço entre os pequenos de imagem

Texto: Geraldo Tite Simões - Fotos: divulgação

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O desenho do 500 expressa simpatia e remete ao original de 1957; nas fotos está a versão Sport, em branco, dotada de rodas mais elaboradas

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O motor de 1,4 litro e 100 cv convence pelo desempenho só em altas rotações; o câmbio é de seis marchas com opção pelo automatizado

Se o ano de 1957 ficou marcado na Itália pelo nascimento do Fiat "Nuova" 500 (novo 500, para se diferenciar do primeiro, mais conhecido como Topolino), foi apenas 50 anos depois que esse clássico minicarro ganhou uma nova edição, mais sofisticada. Embalada pela onda nostálgica que explode na arte, cultura e desenho — incluindo, claro, o dos automóveis —, a Fiat lançou com muito barulho um 500 moderno e com alto nível de sofisticação para atender ao mercado europeu de compactos de luxo. Depois de dois anos o carro estreia por aqui.

As versões do Cinquecento — o nome por extenso em italiano — importadas para o Brasil, com garantia de dois anos, serão Sport com câmbio manual de seis marchas, ao preço sugerido de R$ 62.870; Sport com câmbio manual automatizado Dualogic (cinco marchas), a R$ 66.930; Lounge manual, por R$ 64.900; e Lounge Dualogic, a R$ 68.970. A previsão da Fiat é importar entre 250 a 300 unidades por mês, vendidas em 150 concessionárias selecionadas.

A Sport traz de série freios com antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD), sete bolsas infláveis (duas frontais, duas laterais, duas cortinas e uma para os joelhos do motorista), sistema de comunicação Blue&Me com interface Bluetooth para telefone celular (que permite comandar ligações por voz e escutar mensagens de SMS recebidas), ar-condicionado com ajuste manual, direção assistida elétrica, rádio/CD com MP3 e entrada USB para conexão de aparelhos, função Sport para motor e direção, sensor de estacionamento traseiro, alerta programável para excesso de velocidade, computador de bordo, faróis e luz traseira de neblina, volante de couro com comandos de rádio (na versão Dualogic, também os de trocas manuais de marcha) e rodas de alumínio de 15 pol.

Vem ainda com controles de estabilidade e tração e sistema Hill Holder (auxílio de saída em ladeira), que impede o carro de descer quando o motorista arranca em uma subida. São opcionais rodas de 16 pol, teto solar elétrico (que corre por fora e tem área maior que o usual), retrovisor interno fotocrômico e bancos revestidos em couro, em vez da combinação de couro e tecido. A versão Lounge acrescenta teto fixo de vidro, ar-condicionado automático, detalhes externos cromados e interior diferenciado. Como opções traz teto solar, retrovisor fotocrômico, bancos revestidos só em couro e rodas de 16 pol.

A exemplo dos outros “renascidos” como o Fusca na pele do New Bettle e o Mini Cooper, ele traz a carga genética de seu antepassado, mas com todo suporte da tecnologia atual e boa dose de requinte. E surpreende com o espaço interno. Quem olha o 500 por fora, com seus 3,54 metros de comprimento e 1,62 m de largura, não é capaz de imaginar que aquele “ovo” seja capaz de abrigar quatro pessoas (não é homologado para cinco) em conforto. Naturalmente o espaço para bagagem foi prejudicado: apenas 185 litros, em média 100 a menos que num hatch compacto nacional, ou 550 com o banco traseiro rebatido. Seria ainda menor se o carro não usasse estepe temporário, bem fino, em medida 135/80-14.

O espaço foi a primeira boa impressão. A segunda foi a leveza ao dirigir. Na versão com câmbio manual de seis marchas a que tivemos acesso, o conjunto de direção com assistência elétrica e o câmbio muito suave são responsáveis pelo prazer do motorista, típico de um carro de segmento superior. Para o compacto motor de 1,4 litro e 16 válvulas a gasolina — uma versão mais potente do Fire conhecido dos Fiats brasileiros —, que desenvolve potência de 100 cv e torque de 13,4 m.kgf, o câmbio de seis marchas se mostrou bem escalonado, porque o motor parece um pouco preguiçoso nas retomadas de velocidade em baixa rotação.

Pode-se reservar a sexta marcha para avenidas e estradas, pois ela produz apenas 3.400 rpm a 120 km/h (na versão Dualogic, com cinco marchas, a quinta vai a 3.650 rpm nessa velocidade). A primeira é tão curta que em terreno plano ele sai tranquilamente em segunda. Infelizmente, o pequeno e pouco variado percurso de avaliação promovido pela Fiat no Rio de Janeiro, RJ não permitiu mais do que uma voltinha em terreno plano. Considerações mais completas ficam para a avaliação completa. Continua

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Esta versão Lounge vem com frisos cromados, rodas mais tradicionais e conteúdo adicional; o teto solar elétrico, que corre por fora, é opcional

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Data de publicação: 3/10/09

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