O interior está mais aconchegante e no SE-G os bancos de couro podem vir também na cor bege claro, medida elogiável nestes tempos de massificação do preto. Cuidado adicional logo salta à vista, como alças de teto escamoteáveis, com retorno suave à posição de repouso, e acionamento elétrico de todos os vidros com função um-toque e antiesmagamento (exceto XLi, que só traz um-toque para o motorista). Espelhos dos pára-sóis contam com iluminação vinda do teto (SE-G) e o ar-condicionado passa a ser automático também no XEi, antes restrito ao SE-G.

A lista de opcionais é mínima: bancos de couro (XEi); pacote de couro para bancos, volante e pomo da alavanca seletora de câmbio, mais controlador de velocidade (XEi); e só controlador (XEi). Rádio/toca-CDs com leitura de MP3 e WMA é comum a todos, mas o SE-G conta com disqueteira para seis discos integrada ao painel.

De resto, a dotação de série do Corolla é ampla, sendo o SE-G o mais favorecido. Todos saem com computador de bordo, regulagem de altura do banco do motorista (elétrica no SE-G), faixa degradê no pára-brisa, antena no vidro traseiro, filtro de ar-condicionado (reivindicado no anterior), porta-objetos por todo o veículo (17 no total), porta-luvas iluminado com LED, ajuste elétrico dos retrovisores (ambos convexos; no SE-G e XEi são retráteis e com indicador de direção), cintos dianteiros com pré-tensionador e limitador de força, três cintos retráteis e três apoios de cabeça no banco traseiro (SE-G e XEi), entre vários itens.

Freios com sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica só não são fornecidos no XLi 1,8. Todos vêm com bolsas infláveis frontais, mas o SE-G e o XEi trazem também bolsas laterais, inéditas no modelo. Outras novidades são sensores de estacionamento na traseira e faróis de xenônio, de série no SE-G. A perua Fielder não muda por enquanto e, embora a Toyota não confirme, deve acompanhar a remodelação em 2009.

Como anda   Durante a apresentação foi enfatizado que os trabalhos de desenvolvimento da geração envolveram bastante o conforto de marcha e o baixo ruído, sendo essa a maior curiosidade ao dirigirmos o carro (numa distância pequena, 20 quilômetros, o que lamentamos), uma vez que não houve mudanças no trem de força.

A fábrica conseguiu o que queria: de fato, o rodar do novo Corolla é impecável e superior ao anterior. Tudo está na medida certa e aparentemente — seria preciso rodar mais — o comportamento dinâmico está acima de qualquer crítica. A resposta de direção está nitidamente melhor, graças aos pneus mais largos. O único senão fica para o ruído de rolamento de pneus no solo, um tanto elevado quando se está no banco traseiro. Talvez tenha a ver com os pneus que, segundo a Toyota, têm especificação para menor resistência de rolamento. Comentamos isso e um engenheiro anotou.

Terá de ficar para a avaliação completa uma opinião sobre a nova arma "anti-Civic" da Toyota. Ocasião também para se saber como anda e quanto de combustível consome, dados que a Toyota lamentavelmente insiste em omitir de sua informação oficial.