Imagem, mas com substância

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Mais que um rostinho bonito, o Citroën DS3 revela desempenho e
comportamento de real esportivo com motor turbo de 165 cv

Texto: Fabrício Samahá e Roberto Agresti - Fotos: divulgação

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O DS3 mostra formas musculosas, rodas de 17 pol e bom trabalho de estilo, com destaque para a "barbatana de tubarão" na coluna central


 

 
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Apesar dos muitos itens aproveitados do C3 e da C3 Picasso, o interior está de acordo com a proposta; os bancos bem envolventes são ótimos

Foi uma longa espera — sua importação havia sido anunciada em 2009 —, mas o Citroën DS3 afinal chega ao mercado brasileiro, inaugurando a linha DS de carros mais luxuosos da marca francesa, que na Europa já conta também com os modelos maiores DS4 e DS5. Mais que pelo refinamento, a novidade sobressai pela esportividade, aspecto que a Citroën havia praticamente abandonado no País nos últimos tempos, desde a suspensão da importação do C4 VTR de três portas.

Ao preço sugerido de R$ 79.900, o DS3 vem competir com o Audi A1 e o Mini da BMW, também considerados carros pequenos "de imagem", uma categoria em que estilo e exclusividade são os pontos-chave — e permitem ao fabricante cobrar por isso. Com motor turbo de 1,6 litro e 165 cv e câmbio manual de seis marchas, o modelo importado de Poissy, na França, fica em clara vantagem em desempenho diante dos rivais: o A1 oferece 122 cv e custa R$ 94.900, já com câmbio automatizado; o Mini Cooper Salt manual de mesma potência sai por R$ 80.750. Outra opção, mas sem a mesma exclusividade, é o nacional Fiat Punto TJet de 152 cv por R$ 62.680.

O conteúdo de série do Citroën é muito bom, com itens como seis bolsas infláveis (frontais, laterais de tórax na frente e cortinas), controle eletrônico de estabilidade e tração, freios com sistema antitravamento (ABS), distribuição eletrônica entre os eixos e assistência adicional em emergência, faróis de neblina, fixação Isofix para cadeiras de crianças na traseira, rodas de alumínio de 17 pol, ar-condicionado automático, para-brisa com isolamento acústico, computador de bordo, rádio/CD/MP3 com comando satélite na coluna de direção e entrada USB, interface Bluetooth para telefone celular, faróis e limpador de para-brisa automáticos, sensores de estacionamento na traseira, controlador e limitador de velocidade e retrovisor interno fotocrômico.

Opcional, só um: revestimento dos bancos em couro perfurado com aquecimento, por salgados R$ 2.900. Mas há diversas opções de personalização, como quatro cores para o painel, o pomo da alavanca de câmbio e o botão da chave; adesivos de teto, capô e tampa do porta-malas; rodas brancas, calotinhas centrais das rodas em quatro tons, aplique de lanterna traseira e moldura de vidro traseiro cromada. Ficou de fora da liberdade de escolha o teto, que na Europa oferece ampla paleta, mas aqui vem sempre preto.

Para quem gostaria de se livrar do pedal de embreagem, má notícia: a única opção na linha europeia seria com motor aspirado de 120 cv e câmbio automático de quatro marchas, que a Citroën preferiu não trazer, ao menos na fase inicial. A garantia é de três anos e as revisões têm preços fixos.

Lançado em 2009 com a plataforma do novo C3 (modelo que será fabricado no Brasil no próximo ano), o DS3 impressiona pelo estilo. A frente insere a nova grade da marca sobre uma ampla tomada de ar, enquanto o emblema da linha DS vem por cima do "duplo chevron". Os faróis sem nada de especial, com duplo refletor de superfície complexa, conseguem bom efeito visual e há filas de leds verticais para luz diurna nas extremidades do para-choque.

De lado, o teto que "boia", parecendo solto do restante da carroceria, e a atitude musculosa são itens relevantes, mas nada se compara à "barbatana de tubarão"
a coluna central característica da família DS, que dá ao carrinho forte personalidade. O elemento na cor da carroceria, com alguma imaginação e quando associado ao teto preto e a vidros com filme escurecedor, faz lembrar uma barra targa. A traseira de linhas simples é que poderia ser mais elaborada.

O interior do DS3 é pequeno, mas não claustrofóbico, apesar da forração preta do teto — que, segundo nos foi informado, é para criar um ambiente aconchegante. O acabamento mostra cuidado e materiais compatíveis com seu preço. Os bancos trazem formas que evidenciam aconchego, elevados apoios laterais e aparência de alta qualidade — e, ao sentar, entregam tudo isso mesmo. Embora o encosto não siga o mais adequado sistema de regulagem micrométrica, em segundos se encontra ótima posição, ajudada pelo volante que se movimenta em altura e distância. Nele há detalhes em material que simula alumínio, mas não é frio ao tato. E tal material também está presente no pomo de câmbio.

Cá e lá, elementos comuns a outros Citroëns e Peugeots surgem no interior do DS3, como o quadro de instrumentos e o volante do novo C3 e das minivans C3 Picasso e Aircross, assim como rádio, comandos de ventilação, controle de áudio na coluna de direção e computador de bordo. Se tanto déjà vu  poderia indicar falta de criatividade, revela um válido aproveitamento de bons elementos em nova disposição, que resultou em um painel à altura da modernidade do pequeno Citroën. Entre os instrumentos há termômetro do motor, ausente da minivan.

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Revestimento de couro nos bancos é único opcional; porta-malas tem capacidade adequada, 280 litros; ar-condicionado tem uma só zona de ajuste

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Data de publicação: 24/5/12

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