Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Cupê ou roadster? Difícil apontar o mais bonito, mas em qualquer caso o TT-S cativa pela combinação de elevado desempenho e estabilidade

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Compacto, o interior consegue ser requintado e esportivo; note a grafia do velocímetro (o navegador e a caixa manual não vêm para o Brasil)

Embora o ponto de partida do S3 seja o motor de 2,0 litros com injeção direta usado no A3, a versão apimentada traz diversas alterações. O turbo — que chega a soprar à pressão de 1,2 bar — e o resfriador de ar têm maior capacidade, pistões e bielas são reforçados, a taxa de compressão cai de 10,5:1 para 9,8:1 (a Audi recomenda gasolina de 98 octanas RON, que corresponde a nossa premium; a comum ou aditivada de 95 octanas pode ser usada com pequena perda de potência) e há novo diagrama para o comando de válvulas de admissão, que conta com variação de tempo.

O resultado é o aumento de potência de 200 cv (A3) para 256 cv (9 a menos que nos mercados externos), enquanto o torque máximo sobe de 28,5 para 35,7 m.kgf, disponíveis na ampla faixa de 2.500 a 5.000 rpm — proeza que só os modernos turbos com controle eletrônico conseguem. Os ganhos são expressivos mesmo em comparação ao antigo S3, que fornecia 225 cv e 28,5 m.kgf, e de acordo com a Audi resultam em aceleração de 0 a 100 km/h em seis segundos. Sempre equipado com caixa manual automatizada S-tronic de dupla embreagem e seis marchas (não há mais opção de caixa manual no Brasil), o S3 adota o sistema de tração integral usado pelo grupo Volkswagen em carros de motor transversal.

Embora seja chamado de Quattro como o da linha de motor longitudinal, não se trata de uma transmissão permanente às quatro rodas como a desses modelos. O torque é enviado apenas às rodas dianteiras até que haja perda de aderência, condição em que a embreagem hidráulica multidisco passa a conduzir as traseiras. Se necessário, 100% da potência pode ser direcionada a qualquer dos eixos, sendo a repartição processada em frações de segundo. A versão conta ainda com freios mais potentes, nova calibração da assistência elétrica de direção (a relação, 16,2:1, não muda) e novos parâmetros na suspensão, que é 25 mm mais baixa que a do A3 e usa alumínio nos braços e outros componentes.

TT mais bravo   Assim como o S3 diante do A3, o TT-S começa a se diferenciar do TT básico na aparência. Para-choques com novo formato, saias laterais maiores, duas saídas de escapamento, a fila de leds na base dos faróis e os retrovisores de alumínio combinam-se às rodas de 18 pol (neste caso com pneus 245/40 do tipo run-flat, que podem rodar vazios e dispensam estepe) para deixar o cupê com jeito "bravo", sem afetar a elegância das linhas. Como no TT normal, um aerofólio destaca-se da tampa traseira quando se atinge a velocidade de 120 km/h, voltando a se ocultar quando ela cai para 80 km/h; pode também ser acionado por um botão no console. O Cx 0,31 é apenas mediano para um carro de seu perfil.

O interior traz de novo os bancos mais envolventes e alguns detalhes de acabamento, pois painel e volante — também com base chata — são praticamente os mesmos nas duas versões. Os equipamentos de série seguem os do S3, à exceção do teto solar e do ar-condicionado, que tem uma só zona de ajuste. O habitáculo é bastante compacto em todas as dimensões, sensação acentuada pela alta linha de cintura, os vidros pequenos e o tom preto do forro de teto, mas há espaço suficiente para que duas pessoas de 1,80 metro se acomodem em posição baixa, tipicamente esportiva. Mesmo o acesso ao interior é menos confortável que num carro comum. Os bancos têm ajuste elétrico em todos os movimentos e, como no S3, combinam camurça sintética e couro. Atrás deles, os dois lugares mal se prestam a levar crianças sem qualquer conforto. O porta-malas de 290 litros parece menor e acomoda a bateria (providência que ajuda na distribuição de peso entre os eixos). Mas esses inconvenientes são facilmente esquecidos quando se coloca o carro para rodar.

A mecânica do TT-S é semelhante à do S3, do motor à suspensão, passando pelo câmbio automatizado e pela tração integral. Uma das diferenças (como no TT básico) é o amplo emprego de alumínio (68% em peso), sobretudo na parte dianteira do monobloco, a fim de aliviar massa da região mais pesada do carro. Há ainda aumento de potência para 272 cv, neste caso o mesmo valor do mercado externo, sem alterar o torque de 35,7 m.kgf. Contudo, a Audi adotou em sua suspensão a tecnologia Magnetic Ride (traduzível como conforto magnético), como no superesportivo R8.

Os amortecedores contém em seu fluido pequenas partículas magnéticas. Conforme a decisão da central eletrônica, a partir das condições do piso e da forma de dirigir do motorista, pode ser aplicada uma carga elétrica que faz variar a facilidade com que o fluido circula nos amortecedores, alterando sua carga (firmeza). O sistema oferece dois modos de uso, padrão e esporte, este com amortecimento mais firme combinado a uma redução de 10 mm na altura de rodagem. Como no S3, a versão mais potente traz alterações na direção e nos freios. E um item adicional: um modo esporte para o controle de estabilidade, que admite ligeiras derrapagens antes da intervenção da eletrônica.

Ao volante   É uma pena que carros com tanto conteúdo técnico não tenham sido bem aproveitados pela imprensa: a Audi optou por um inadequado percurso de avaliação na capital paulista e em pequeno trecho da Rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte, MG. O tráfego saturado deixou poucas oportunidades para dirigir os dois modelos mais rápido que num simples passeio.

Ligado o motor do TT-S cupê, surge um ronco discreto, mas encorpado. A suspensão bem firme incomoda bastante nos trechos irregulares, mesmo no modo mais macio — ou menos duro — de amortecimento. Não fosse por isso, ele passaria por um TT qualquer: o motor dócil entrega potência gradual desde baixa rotação e a operação automática da caixa é irrepreensível, além de não haver pedal de embreagem. E, quando o congestionamento fica para trás e surge espaço para acelerar, o TT-S cativa de imediato. Continua

Avaliações - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados