Volante, instrumentos, tecidos
de revestimento e o rádio/CD são as novidades internas, mas há também
sensor de estacionamento e retrovisor direito que se move ao engatar a
ré
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O tecido do Sportline é cinza escuro, com detalhes em um laranja suave e
as costuras do banco no mesmo tom, de aspecto agradável. O Confortline
tem uma padronagem mais elaborada, com veludo navalhado na parte
central.
Como opcional há um recurso no retrovisor externo direito que, ao se
engatar a marcha à ré, o faz inclinar-se para baixo, para que o
motorista tenha visão da calçada ao estacionar. O Fiat Stilo já oferecia
o recurso como opção, mas na categoria do Polo ele é inédito. Há também,
como item de série, sistema auxiliar de
estacionamento traseiro. Para atender a frotistas e clientes
especiais o carro poderá vir sem o equipamento, com redução de preço de
cerca de R$ 500.
Em nossa opinião, teria sido bem mais coerente adotar de série o
controle elétrico dos vidros, travas e retrovisores e o alarme, que
ainda são opcionais — em um pacote que não é barato — na versão básica,
embora essenciais nesta categoria. O sensor, por outro lado, pode ser
considerado supérfluo por muitos motoristas em um carro pequeno como o
Polo. De resto, alguns aspectos do interior continuando deixando a
desejar, como o plástico do painel de aspecto simples. A VW perdeu a
oportunidade de oferecer como opcional, ao menos para as versões
superiores, o teto solar. Poderia também equipá-lo com repetidores de
luzes de direção nos retrovisores, como no modelo alemão (permanecem nos
pára-lamas).
Na parte mecânica e de rodagem, o Polo continua a apresentar um bom
comportamento em curvas e um correto acerto da suspensão, com rodar
macio e controlado. A direção é bem ajustada, embora tenha perdido há
alguns anos a assistência eletroidráulica com que ele foi lançado. O
motor 1,6-litro flexível, que fornece
103 cv com álcool, parece bem dimensionado ao carro, mas em algumas
condições o comprador do hatch terá saudades do 2,0-litros a gasolina de
116 cv, não mais oferecido com essa carroceria.
Em contrapartida, o motor maior é mais ruidoso e gera mais vibrações que
o 1,6, o que chega a incomodar. Mas seu desempenho é muito bom e
condizente com a proposta de um sedã compacto. Esta versão só foi
avaliada na pista de testes, de modo que não se pode opinar sobre uma
provável vantagem: a menor rotação em velocidades de viagem. No 1,6 esse
é um inconveniente conhecido do Polo, ainda que minorado com o
alongamento das últimas marchas, ainda em 2002, e com a adoção de pneus
pouco maiores (195/55-15, de série em toda a linha).
Lançado há cinco anos na Europa, portanto ainda atual, o Polo ainda
agrada pelas características dinâmicas e de rodagem. Com o novo desenho
frontal e traseiro, tem atributos para conquistar novos compradores. Mas
terá de reunir bons argumentos para justificar certas falhas, como a
falta do conjunto elétrico de série, e o preço que atinge com esses
opcionais. |