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Econômico motor Fire de 55 cv (abaixo suas curvas de potência e torque), estepe em posição insuperável, comportamento saudável apesar dos pneus estreitos: bons argumentos

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Velocidade máxima 147 km/h
Regime à vel. máxima (4ª.) 5.800 rpm
Regime a 120 km/h (5ª.) 4.000 rpm
Potência consumida a 120 km/h 30 cv
Aceleração de 0 a 100 km/h 18,2 s
Aceleração de 0 a 400 m 21,0 s
Aceleração de 0 a 1.000 m 38,6 s
Retomada 80 a 120 km/h (5ª.) 31,1 s
Retomada 60 a 100 km/h (4ª.) 17,6 s
Consumo em ciclo urbano 11,9 km/l
Consumo em ciclo rodoviário 16,2 km/l
Consumo a 60 km/h constantes 18,0 km/l
Consumo a 80 km/h constantes 16,9 km/l
Consumo a 100 km/h constantes 15,2 km/l
Consumo a 120 km/h constantes 13,3 km/l

Convenhamos também que a reestilização efetuada no ano passado não o deixou bonito. A Fiat poderia ter feito algo bem melhor que aquela frente ao estilo Doblò e as lanternas traseiras baixas e de aspecto modesto, mas isso não afetou seu sucesso. E houve ganhos: faróis de superfície complexa com lentes de policarbonato, instrumentos mais atuais como os do Palio, opção de pára-choques pintados e a oferta de uma boa direção assistida, instalada em concessionária.

Motor sovina   Há quem critique a rigidez de sua suspensão traseira, que não nos incomodou na avaliação, talvez por haver hoje carros tão duros quanto ou mesmo mais, como o Fox e o 206. Em contrapartida — sempre há uma nesse carrinho valente —, é um dos poucos nacionais com sistema independente nesse eixo e seu conceito McPherson é eficiente em estabilidade (saiba mais sobre técnica). Com isso, os fininhos pneus 145/80-13 não comprometem e o leve Mille pode ser dirigido com vigor sem maior preocupação.

Baixo peso e pneus estreitos só contribuem para uma das grandes qualidades do Uno, a economia. A simulação do BCWS indicou as melhores marcas vistas desde a implantação dos ciclos mais severos, em setembro (veja os números e a análise). Claro que o desempenho é modesto — máxima de 147 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 18,2 segundos —, mas está no patamar de um novo Fiesta 1,0-litro, que tem 11 cv a mais. E o mais importante é que, no dia-a-dia, as respostas rápidas trazidas pelo bom torque em baixa rotação (8,5 m.kgf a 2.500 rpm) mascaram a baixa potência.

Simples, eficiente, ágil, econômico — e ainda um bom negócio em termos de custo de manutenção e valor de revenda. Mais em conta que qualquer outro carro zero-quilômetro, pode ser comprado como o avaliamos (apenas sem a direção assistida e o rádio/toca-CDs, que são acessórios) por R$ 26,1 mil, preço convidativo para um carro de cinco portas com ar-condicionado.

Não resta dúvida: o Millezinho ainda vai longe. Continua

Simulação de desempenho
Com o motor menos potente entre os carros nacionais, o Mille não poderia mesmo brilhar na simulação feita pelo consultor Iran Cartaxo com exclusividade para o BCWS. Os números espelham seu perfil de simplicidade e moderação, como os longos 18,2 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h.

Por outro lado, a opção por uma quinta marcha longa resultou em um câmbio como não se vê mais: a quarta "enche" corretamente para atingir a velocidade máxima (supera em 300 rpm o regime de maior potência) e a quinta permite viajar com rotação razoável, 4.000 rpm — similar à de alguns carros bem mais potentes, como o Polo 1,6.

Claro que motor fraco e câmbio longo resultam em retomadas sofríveis, como os 31,1 s de 80 a 120 km/h em quinta. Em contrapartida — e é o que interessa a seus compradores —, ajuda muito no consumo. E aqui o Mille brilhou, com 11,9 km/l no ciclo de cidade e 16,2 no rodoviário, apesar dos métodos mais rigorosos que o BCWS adota desde setembro de 2004. Embora outros modelos econômicos (de 1,0 a 1,4 litro) só tenham sido simulados antes da alteração de padrões, seus números fazem supor que, nos métodos atuais, o Mille se consagraria o campeão de economia do mercado nacional.

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