No interior, a surpresa:
painel semelhante ao do Palio, com instrumentos à frente do motorista
e não centralizados; a foto de cima é da versão HLX, com acabamento
em prata na região central
Console de teto com porta-objetos,
espelho para monitorar as crianças, maçanetas criativas -- e má
visibilidade com as largas colunas dianteiras |
Vale
notar que a Meriva não tem bolsas infláveis de série e só a Scénic mais
cara traz freios ABS. O Honda Fit, que o BCWS considera
um hatchback e não uma minivan, também acaba na briga. Custa de R$
43,7 mil (LX 1,35) a R$ 50,7 mil (EX 1,5) com câmbio manual. A Fiat espera vender
2.000 unidades por mês (sendo 60% de ELX), o que representa 30% do
mercado de minivans.
Embora tenha havido expectativa por uma adaptação sobre a plataforma da
linha Palio, a Fiat garante que a Idea brasileira ganhou uma inédita,
também não a mesma usada na Europa. Já seu desenho é igual ao da versão italiana, salvo por
detalhes
como a grade e o pára-choque dianteiro, faróis de neblina em separado
dos principais, luzes de direção incolores (lá fora vêm em âmbar) e... a
imperdoável ausência de repetidores de luzes de direção nos pára-lamas.
Assinado pelo estúdio ItalDesign de Giugiaro, é um estilo contemporâneo e agradável, dentro do que permite o formato
monovolume, e que lembra o da Meriva, a concorrente mais direta.
Interior
diferente Se por fora
a versão brasileira quase se confunde com a italiana, o interior é bem
diferente. Para o motorista há uma alteração importante e, a nosso ver,
positiva: a adoção de instrumentos na posição habitual, atrás do
volante, em vez da montagem no centro do painel (ao estilo da Picasso)
usada na Itália. O ambiente interno transmite boa impressão, com acabamento adequado à
categoria, mas a excessiva semelhança com a linha Palio pode não
agradar a quem esperava uma nova atmosfera.
A posição do volante é correta, não muito horizontal, e a da
alavanca de câmbio não incomoda, mesmo vindo no assoalho e não no painel,
como na Europa, que seria uma
posição mais favorável. O chamado ponto H (do inglês hip, ou
quadril) fica 8 cm mais alto que o da linha Palio, o que traz a ampla
visibilidade que muitos apreciam, mulheres em particular. Mas se
estranha o banco deslocado cerca de 5 cm à esquerda em relação a
pedais e volante. Mais grave, por envolver a segurança, é a
obstrução à visibilidade causada pelas colunas dianteiras esquerdas.
A Idea é pouco mais curta que a Meriva, com comprimento de 3,93 metros e
distância entre eixos de 2,51 m, contra 4,04 e 2,63 m do modelo da GM
(chega a ser menor que a Palio Weekend, embora com 74 mm a mais que ela
entre eixos). Ainda assim, o espaço interno é bem satisfatório para quatro adultos e uma
criança, limitado apenas em largura. Há boa acomodação para as
pernas e a altura recorde de 1,69 m, que supera a Meriva por 7 cm,
garante espaço de sobra para a cabeça.
O banco traseiro é bipartido, com formato adequado a três pessoas, e seus encostos de cabeça incomodam quando
abaixados, para obrigar ao ajuste pelo passageiro. O
assoalho traseiro é praticamente plano, com um túnel raso. Seria
bem-vindo, porém, um ajuste longitudinal do assento, como no VW Fox e no
Stilo da própria Fiat. Isso porque o compartimento de bagagem tem espaço declarado
para 380 litros, pouco mais que na Meriva (365 l), porém menos que na
Scénic (410 l) e igual ao do Fit, que tem menor comprimento. Com o
rebatimento do banco traseiro chega a 1.500 l e pode-se ainda rebater o
encosto do banco dianteiro direito, o que libera um comprimento livre de
2,3 m para o transporte de cargas longas. O estepe é interno e usa pneu
de mesma medida dos demais.
Continua |