A linha de
acessórios inclui itens aerodinâmicos, faróis de neblina, barras para o
teto e detalhes internos
MOTOR -
transversal, 4 cilindros em linha; comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso:
79 x 91,5 mm. Cilindrada: 1.794 cm3. Taxa de compressão: 10:1. Injeção multiponto seqüencial. Potência
máxima: 136 cv a 6.000 rpm. Torque máximo: 17,5
m.kgf a 4.200 rpm. |
CÂMBIO -
manual, 5 marchas, ou automático, 4
marchas; tração dianteira. |
FREIOS - dianteiros
a disco ventilado; traseiros a disco;
antitravamento (ABS). |
DIREÇÃO - de pinhão
e cremalheira; assistência hidráulica. |
SUSPENSÃO -
dianteira, independente McPherson, estabilizador;
traseira, eixo de torção, estabilizador. |
RODAS -
15 pol;
pneus, 195/60 R 15. |
DIMENSÕES
- comprimento, 4,455 m; largura, 1,705 m; altura, 1,53
m; entreeixos, 2,60 m; capacidade do tanque, 55 l; porta-malas,
411 l; peso, 1.185 kg (manual) ou 1.250 kg (automático). |
DESEMPENHO E CONSUMO -
não disponíveis. |
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O compartimento de
bagagem decepciona na capacidade — 411 litros, bem abaixo dos 500 da
Marea e dos 520 da Peugeot —, mas tem boas soluções. A cobertura pode
ser removida e guardada sob o assoalho, onde há também uma bandeja para
objetos. Abaixo de tudo fica o estepe, internamente. Sob o capô, o
conhecido motor dos Corollas XEi e SE-G, com
variador de fase (VVTi) e 16 válvulas,
que desenvolve 136 cv e 17,5 m.kgf. Câmbio, freios e direção são os
mesmos do sedã, assim como a suspensão traseira por eixo de
torção, que teve molas e amortecedores redimensionados.
Avaliada em um percurso de 40 quilômetros no Guarujá, no litoral
paulista, a Fielder revelou comportamento equilibrado, rodar macio e desempenho bem adequado à proposta. Como é bem mais leve
que qualquer minivan (1.185 kg com câmbio manual, contra 1.280 da
Meriva, por exemplo, que é bem menor), os 136 cv cumprem sua função com
folga e chegam a dar um tempero esportivo em alta rotação — pena que o
motor seja um tanto áspero e ruidoso nesses regimes.
A Toyota não informa os índices de desempenho e consumo, mas a simulação
do BCWS com o Corolla SE-G automático havia apontado velocidade
máxima de 196 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 12,5 segundos.
Lamentável é o câmbio manual de relações um tanto curtas, que
combinado à aspereza do motor gera alto nível de ruído e vibração
em viagem (a 120 km/h são mais de 3.500 rpm). O automático é ideal
nesse aspecto.
Acima de tudo, agrada na Fielder poder tomar as curvas com muito mais confiança que
nas minivans, o que para o motorista comum significa segurança em caso
de uma manobra de emergência. Outra vantagem sobre elas é não impor uma
posição de dirigir estranha, com alavanca de câmbio baixa ou volante
muito horizontal. E quem aprecia um banco elevado para maior
visibilidade pode ajustar sua altura, contando com bom espaço até o teto.
Para o BCWS, a Toyota está lançando uma vencedora: uma perua
bonita, agradável de dirigir, com equipamentos bem escolhidos, três anos
de garantia e um preço que se insere bem entre antigas e modernas opções
do mercado. Claro que a Fielder não atingirá os números de vendas do
Corolla, que atende a um público bem mais amplo, mas não resta dúvida de
que é o produto certo para trazer de volta as famílias que haviam, por
um motivo ou outro, trocado as peruas pelas minivans. |
A perua Corolla concretiza
a aposta de um fabricante que não pisa no escuro — a Toyota — na
recuperação de um segmento que andava combalido. A Escort SW e a
Quantum se foram, a Xsara Break (assim como o hatch)
discretamente desapareceu do mercado, a Marea Weekend
envelheceu, a GM virou as costas (desde o fim da Ipanema e da
Corsa SW, esta pequena) e foi fazer minivans.
As principais marcas têm boas opções na categoria média, de
grande sucesso na Europa: as peruas Focus, Golf/Bora, Astra,
Stilo, Mégane. No entanto, nenhuma acena por enquanto com uma produção
nacional, o que é especialmente incômodo no caso da Ford e da VW,
por ter deixado na mão compradores fiéis.
Com a chegada da Fielder e seu previsível sucesso, os
fabricantes que pareciam céticos quanto à retomada das peruas
têm diante de si uma questão: e agora, o que fazer? |
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A Fielder é uma cidadã do mundo: produzida também no Japão e na
Turquia, está disponível em 56 países, sendo líder do segmento
no mercado japonês (46%) e bem aceita na Austrália e Inglaterra.
No entanto, todos esses países têm o modelo japonês/europeu do
Corolla, com frente e traseira mais curtas. Já Estados Unidos,
Tailândia e Brasil compram o sedã mais alongado. A Fielder
fabricada em Indaiatuba, SP é, portanto, a única no mundo com a
frente mais longa. |
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