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Espera recompensada

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A Audi demorou a ter um utilitário esporte, mas vem com
os fortes atributos do Q7 para o segmento de alto luxo

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: André Larangeira/divulgação
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Apesar de muito longo, o Q7 transmite robustez e certa esportividade; as rodas podem ser de 20 pol e as lanternas sobem junto da tampa traseira, que é elétrica

Não deixa de ser um paradoxo, mas um dos fabricantes pioneiros no uso da tração integral em automóveis — começou em 1980 com o cupê Quattro — foi também o último, entre os quatro alemães de prestígio, a ter em linha um utilitário esporte. Depois de Mercedes-Benz ML, BMW X5 e Porsche Cayenne, surgiu enfim no Salão de Frankfurt de 2005 o Audi Q7, que no fim de setembro começa a ser vendido no Brasil.

Os três modelos citados, mais o Volvo XC 90, o Range Rover Sport e o Volkswagen Touareg (do qual é derivado), são os principais concorrentes do Q7 também por aqui. A Audi optou por trazer uma única versão, com motor V8 de 4,2 litros, injeção direta de gasolina e 350 cv, ao preço de R$ 379.950. O ML 500 (5,0 litros, 306 cv) sai a R$ 359,9 mil, o Range Rover HSE (4,4 l, 300 cv) a R$ 330 mil, e o X5 (4,4 l, 315 cv), a ser substituído em breve pela nova geração, a R$ 356 mil. O XC 90 V8 (4,4 l, 315 cv) e o Touareg (4,2 l, 310 cv) custam menos — R$ 328,9 mil o sueco e US$ 130 mil, cerca de R$ 277 mil, o alemão —, mas não desfrutam o mesmo prestígio. O Cayenne S (4,5 litros, 340 cv) está por US$ 156 mil ou R$ 332 mil, mas como todos os demais — exceto Audi e Volvo — não tem sete lugares.

A competição, portanto, será intensa. Mas a Audi vem bem preparada, a começar pelo belo desenho do Q7, obra do canadense Dany Garand. Apesar das enormes dimensões, como 5,08 metros de comprimento e três de distância entre eixos, o utilitário consegue ter proporções harmoniosas e um ar robusto, imponente, que o conceito Pikes Peak antecipou no Salão de Detroit de 2003. Há detalhes de construção interessantes, como a tampa traseira que leva junto, ao se erguer, as lanternas. Por isso, as luzes dos pára-choques assumem sua função quando a porta é aberta. O coeficiente aerodinâmico (Cx) 0,34 é ótimo para o tipo de veículo.

Com um interior funcional e bem-desenhado como em todo carro alemão, o Q7 tem acabamento primoroso, instrumentos e comandos de fácil leitura e acesso. Os bancos da unidade avaliada eram revestidos de Alcântara (espécie de camurça) na seção central, que tem aspecto sofisticado e vantagens sobre o couro liso, como não esquentar tanto sob sol, não gelar no tempo frio e reter mais o corpo nas curvas e no fora-de-estrada. Podem ser incluídos apliques em madeira marrom ou bege claro.

Por ter sido a última a lançar uma variação do projeto conjunto entre o grupo Volkswagen e a Porsche, do qual saíram o Touareg e o Cayenne, a Audi decidiu ter o modelo mais amplo dos três e o único deles com sete lugares. Os bancos adicionais têm espaço para cabeça de passageiros de até 1,70 m, mas não o bastante para suas pernas, além de acesso incômodo. Já nos demais lugares o espaço é abundante e, com exceção do passageiro central da segunda fila, todos têm grande conforto. Continua

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Data de publicação: 5/9/06

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