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Resposta à altura

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Motor turbodiesel de 2,8 litros e 135 cv chega para
deixar o Ranger tão ágil quanto o concorrente S10

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

A Ford tinha um problema: embora houvesse revitalizado os picapes Ranger a gasolina com novos motores 2,3 16V e 4,0 V6, sua versão a diesel -- responsável por cerca de 87% das vendas -- estava defasada desde 2000 em relação ao concorrente mais direto, o Chevrolet S10. Enquanto a GM oferecia um 2,8-litros de 132 cv, a Ford limitava-se a um 2,5 de 115 cv.

Quatro meses depois de uma pré-apresentação a algumas mídias (sem explicar por que o atraso), chegou ao mercado em janeiro a resposta da marca a essa situação: um novo motor International turbodiesel -- denominado Power Stroke --, também de 2,8 litros, com 135 cv e a inovação do turbocompressor de geometria variável (TGV). Embora não se trate do "picape diesel mais potente já feito", como a Ford o anuncia (ela se esquece de seu próprio F250 de 180 cv, e do GM Silverado de 150 e 168 cv), é o líder do segmento médio, repetindo o feito da versão V6 de 210 cv.

O International Power Stroke: inovação no turbo de geometria variável e vantagens em distribuição de torque, consumo e níveis de ruído e vibração

O TGV (saiba mais sobre técnica) é um dos responsáveis pelo ótimo torque do novo motor em baixas rotações. O ponto máximo, de 38,2 m.kgf (32% maior que no motor antigo), aparece a apenas 1.400 rpm, e desde 1.000 rpm já se têm no mínimo 26 m.kgf (ganho de 60% sobre o anterior), o que significa respostas imediatas a qualquer regime. A curva de torque sobe "cedo" e permanece plana, oferecendo 38,2 m.kgf (80% do máximo) numa faixa de 1.100 a 2.500 rpm.

Outros pontos de destaque são a redução de ruídos e vibrações (tanto pelo motor quanto pelo revestimento absorvente), a queda de 15% em média no consumo e as baixas emissões poluentes, que antecipam as futuras normas. Para melhor tração em curvas e pisos de baixa aderência, surge enfim nesta versão o diferencial autobloqueante, de série, antes restrito ao Ranger V6 de cabine simples.

A embreagem foi revista, as suspensões recalibradas e o acionamento dos freios ficou mais fácil com um novo servo-freio. De resto, apenas luzes de direção dianteiras "cristal" e lanternas traseiras com seção fumê, mantendo-se as linhas conhecidas há quatro anos (saiba mais).

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A disposição em baixos regimes é notável: 80% do torque máximo já a 1.100 rpm

Força de sobra   O percurso da avaliação do novo Ranger pela imprensa, de cerca de 60 quilômetros entre estrada e fora-de-estrada, permitiu sentir bem sua evolução. As respostas do motor são muito boas em qualquer regime, embora atingir altas velocidades exija uma boa pressão no acelerador. A Ford divulga velocidade máxima de 165 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 13,9 s -- curiosamente não se equiparam ao S10 de 132 cv, que anuncia 171 km/h e 12,7 s para a versão 4x2 de cabine dupla, como o picape Ford avaliado. Continua

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Data de publicação deste artigo: 9/2/02

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