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Polo Classic envelhece, mas
ainda tem atrativos

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Sedã pequeno da Volkswagen, que aguarda substituição
pelo PQ-24, tem bom torque e oferta de equipamentos

Texto e fotos: Fabrício Samahá

Herdeiro do Voyage, o Polo Classic -- fabricado na Argentina para atender ao gosto local por carros de três volumes -- está em situação curiosa no Brasil: é o único sedã pequeno, entre as cinco maiores marcas, a não oferecer versão de motor 1,0. Mesmo com a tecnologia já desenvolvida da adaptação do 16V do Gol à posição transversal (ele equipa o Seat Ibiza, que recebe o propulsor brasileiro na Espanha), a Volkswagen insiste em oferecê-lo apenas com o veterano AP-1800, ficando sem opção no disputado segmento de 1,0 litro.

À parte essa lacuna, o carro apresenta um bom conjunto e algumas novidades na linha 2001, que tentam mantê-lo atual diante de lançamentos como Clio Sedan e o novo Siena. Por fora, as novidades se limitam a faróis de superfície complexa, lanternas traseiras retocadas (agora com ambas as luzes de ré, como gostam os brasileiros) e novo formato da tampa do porta-malas, com uma borda mais evidente. Esperava-se que a frente seguisse o modelo do Polo hatchback europeu, mas a VW alterou apenas os faróis, deixando o Polo um pouco retilíneo demais para os dias de hoje.

Clique para ampliar a imagem Novidades da linha 2001 são sutis: faróis de superfície complexa, novo perfil da tampa do porta-malas e lanternas retocadas, agora com duas luzes de ré

De resto foram mantidas as formas conhecidas desde 1995, quando foi lançado na Europa (aqui, um ano depois): a traseira bastante alta, com prejuízo à visibilidade e ganho de espaço para bagagem, a concavidade na parte inferior das laterais, as arestas curvas e retas das janelas -- um conflito que se manifesta em outros VW. Rodas de alumínio de 14 pol com pneus 185/60, faróis de neblina e a antena no teto simbolizam certa esportividade que o carro na verdade não apresenta.

O interior, em contrapartida, recebeu maiores atenções -- e aí está outro ponto discutível. O arrojo do novo painel chega a chocar diante do perfil pacato do carro, parecendo ter sido emprestado de um cupê esportivo. Os instrumentos ficam em dois módulos separados, com uma moldura plástica repleta de falsos rebites, que procura se assemelhar a alumínio. A inspiração foi nos difusores de ar e outros componentes do Audi TT. Se as formas até podem ter adeptos, a função saiu perdendo.

Desenho da frente é tradicional e já um tanto envelhecido, mas o interior oferece conforto: bancos firmes, revestimento claro e um teto solar de ótima operação

Os instrumentos colocados dentro do conta-giros (relógio digital e marcadores de combustível e temperatura) são pequenos e exigem concentração para a leitura, assim como a grafia do velocímetro. Neste, as marcas de 10 em 10 km/h ficam tão juntas que é preciso acostumar-se à posição do ponteiro para ler a indicação mais rapidamente, um risco no trânsito denso. A iluminação azulada com ponteiros em vermelho, padrão VW hoje, só piora as coisas porque não traz o devido contraste com o fundo preto -- se fosse funcional seria adotada pela Audi, que utiliza apenas a cor vermelha.

Mas há também boas novidades: alças de teto (até para o motorista, um exagero) e tampa do porta-luvas com movimento suave, como no Golf e Passat; maçanetas cromadas, para fácil localização à noite, e de metal (cuidado ao deixar o carro sob sol); e locais para copos, cartões e pequenos objetos integrados ao painel. O volante de três raios tem ar esportivo e boa pega, além do ajuste de altura que falta à linha Gol. O rádio/toca-CD fica em posição alta, para fácil visualização, mas seu mostrador é sempre difícil de ler.
Continua

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