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O Mille recebeu também imobilizador eletrônico como item de série. Para identificar o novo coração e padronizá-lo ao restante da linha, a Fiat adotou o emblema circular na grade, alusivo a seu centenário, e há novos retrovisores emprestados do Palio (o esquerdo, porém, com lente plana e não biconvexa). Por dentro, mudou o volante e parte do painel vem em tom cinza-claro. As novas alavancas da coluna de direção, também do Palio, permitem -- finalmente! -- acionar as luzes de direção sem chegar a ligá-las, como em mudanças de pista.

Além do novo volante e do console em cinza-claro, podem-se enfim acionar as luzes de direção em mudanças de pista sem ter de ligá-las e desligá-las

De resto, mantém-se o desenho conhecido desde 1984 e que passou apenas por uma cirurgia plástica em 1990, sem chegar a adotar o estilo mais arredondado de capô e tampa traseira do Uno italiano. Mas com soluções bem pensadas que explicam parte de seu sucesso: espaço interno bem resolvido, ampla área envidraçada, boa aerodinâmica (Cx 0,35), bancos elevados para melhor aproveitamento das dimensões -- com 3,64 metros de comprimento, é nosso terceiro menor carro, atrás apenas do Classe A e do Ka.

Naturalmente, um projeto tão antigo tem suas limitações. A maior talvez seja a suspensão traseira aproveitada do 147, dura demais para os padrões de hoje e que requer alinhamento de rodas, cada vez mais raro no segmento. O desenho interno está longe de ser moderno, mas o acabamento é razoável e há opção de itens de conforto e conveniência, como ar-condicionado, controle elétrico dos vidros e travas e as cinco portas.

Já foram vendidos mais de 1,3 milhões de Milles desde 1990. Na foto a versão Electronic de 1993, ainda com a frente antiga, de faróis de perfil alto

O grande atrativo do Mille, contudo, ainda é o preço. Se ainda houver no Brasil um carro que se possa rotular de popular, é este: R$ 12.429 pela versão de três portas e R$ 13.055 pela de cinco, valores cerca de 1,8% maiores que os sugeridos para o anterior Smart.

Melhor em vários aspectos e ainda muito competitivo diante dos pequenos mais modernos, o Uno deve continuar surpreendendo a quem esperava sua despedida logo no lançamento do Palio, há cinco anos. Se uma legislação de segurança ou algo similar não tirá-lo forçosamente do mercado, não é impossível que ele sobreviva ao próprio "sucessor" e faça companhia a um novo Palio, ali por 2005. Alguém duvida? Continua

1984   Lançamento das versões S (1,05 e 1,3 litro), CS e SX (1,3 litro)

1985   Chega o três-volumes Prêmio, com motores 1,3 (Fiasa) e 1,5 (Sevel)

1986   Nascem a perua Elba, com os mesmos motores do Prêmio, e o esportivo 1.5R, que substitui o SX e chega a 86 cv

1987   O Prêmio passa a oferecer quatro portas na versão CSL; sedã e perua Elba são exportados para a Itália, como Duna e Duna Weekend, esta cinco-portas

1988   Surgem os utilitários leves Fiorino (furgão) e Fiorino Pickup com motor 1,3; o Prêmio CSL vem com motor 1,5 de 82 cv, similar ao do 1.5R

1989   A versão LX do picape ganha motor Fiasa de 1,5 litro, enquanto o Sevel passa a 1,6; aparecem a Elba CSL cinco-portas e a série limitada Uno CS Export 1,5

1990   Lançamento do Mille, precursor da geração de carros com motor 1,0; plástica frontal atualiza toda a linha, exceto ele; é vendida a série especial Uno CS Top 1,5

1991   Série limitada Mille Brio usa carburador de corpo duplo

1992   Injeção na linha Fiat começa pelo  motor Fiasa 1,5; novo Mille Electronic traz ignição mapeada, embora mantenha o carburador;
versão CSL argentina é o primeiro Uno de cinco portas

1993   Cinco portas e ar-condicionado são oferecidos no Mille; 1.6R ganha injeção multiponto e chega a 94 cv; surge a Elba Weekend

1994   Chegam o esportivo Turbo i.e., de 1,4 litro e 118 cv, e o "popular de luxo" Mille ELX, com controle elétrico dos vidros e travas e melhor acabamento; novo painel e direção assistida opcional são introduzidos em várias versões; injeção monoponto equipa o motor 1,6 do Prêmio e Elba; Fiorino furgão e Pickup ganham maior entreeixos e suspensão traseira de eixo rígido

1995   Versões Electronic e ELX tornam-se i.e. e EP: novidade é a injeção monoponto, para 2 cv adicionais; Duna (como foi renomeado o Prêmio) sai do mercado, seguido pela Elba

1996   Mille passa a ter versão única SX; picape Trekking tem suspensão mais elevada

1997   Utilitários ganham o motor 1,5 do Palio, um Fiasa com injeção multiponto e 76 cv

2000   Chega a versão Mille Smart, com retoques frontais e no acabamento

2001   Motor Fire aposenta o veterano Fiasa no Uno

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