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Qualidade japonesa, conforto americano


Suavidade é o ponto alto do Lexus ES 300, que tem bom desempenho e comportamento dinâmico, mas custa caro diante da concorrência

Texto e fotos: Fabrício Samahá

Embora ainda pouco conhecida no Brasil, a marca Lexus -- divisão de luxo criada pela Toyota para conquistar uma fatia de mais esse segmento do mercado norte-americano -- é símbolo de qualidade na fabricação, eficiência no pós-venda e satisfação dos proprietários nos Estados Unidos. Assim, nossa recepção a uma avaliação completa do ES 300 foi das melhores.

A silhueta alongada e as amplas lanternas traseiras dão elegância ao estilo do ES 300, mas o porta-malas baixo resulta em capacidade inadequada ao porte do automóvel: 365 litros

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Modelo mais antigo na oferta atual da Lexus lá fora, mas também seu líder de vendas, o ES foi o segundo Lexus apresentado -- em 1991, ainda como 250 --, seguindo ao luxuoso LS 400 de 1989. Depois deles a linha cresceu com o sedã GS 300/400 (de tração traseira em vez da dianteira do ES), o cupê SC 300/400, o utilitário-esporte RX 300 e, mais recentemente, o sedã médio IS 200/300. No Brasil são oferecidos apenas o ES 300 e o LS 400, este em vias de substituição por um totalmente novo LS 430.

Embora derivado do bem-sucedido Toyota Camry, líder de vendas nos EUA nos últimos anos, cerca de 75% dos componentes do ES 300 são exclusivos, o que inclui as portas sem molduras nas janelas -- como nos Subarus e no primeiro Chrysler Neon -- com seu interessante ar de cupê. Suas linhas são sóbrias, mas contemporâneas e elegantes. As alongadas lanternas traseiras e a pintura inferior em tom cinza são tipicamente norte-americanas.
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Ao contrário da maioria dos modelos de prestígio, o Lexus não é facilmente reconhecido pela grade, que não ostenta o emblema da marca

Faróis de duplo refletor de superfície complexa (também nos de neblina), com lente de policarbonato, ladeiam uma grade simples e sem o emblema da marca, que fica no capô. Apesar da boa aparência, esta talvez seja a parte menos imponente do desenho, pois sedãs de alto padrão costumam ser identificados facilmente pela grade. As rodas e a escassez de cromados trazem certa esportividade ao estilo.

A distinção também predomina no interior do ES 300, que -- como todo produto Toyota -- não choca pela modernidade. Está tudo no lugar certo e com excelente qualidade de fabricação, dos bancos revestidos de couro, com ajuste elétrico completo (até do apoio lombar do motorista) e duas memórias para o do motorista, ao volante de quatro raios, passando pelos apliques de madeira no console e nas portas. Mesmo assim, nada entusiasma dentro deste Lexus -- nem mesmo a ótima legibilidade dos instrumentos, que permanecem acesos todo o tempo.

No interior sofisticado, tudo está no lugar certo mas nada surpreende; o painel permanece iluminado todo o tempo e oferece excelente leitura dos instrumentos, embora falte computador de bordo Clique para ampliar

Assim, a solução é curtir os bons detalhes que aparecem a cada minuto. O ar-condicionado com controle automático de temperatura funciona muito bem e até determina se a recirculação de ar deve ser ativada, conforme a temperatura escolhida e a ambiente. O temporizador dos controles elétricos de vidros se desativa ao abrir a porta, para que uma criança não possa brincar com os comandos, por exemplo. As luzes externas se apagam ao desligar a ignição, mas podem ser ligadas novamente. E o botão que abre o porta-malas pode ser inibido por outro dentro do porta-luvas, e este trancado.

A lista vai longe: dois hodômetros parciais; fechamento dos vidros e do teto solar pela fechadura da porta; retrovisores interno e externo esquerdo fotocrômicos para reduzir o ofuscamento (pena que o esquerdo seja plano, obrigatório nos EUA); alerta de portas mal fechadas; iluminação em torno do interruptor de partida; quatro porta-copos; teto solar com função um-toque e proteção antiesmagamento; faróis com modo automático de acendimento; e uma liberação de emergência do bocal de abastecimento dentro do porta-malas, para que uma pane elétrica não cause problemas.

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Conforto e conveniência à vontade, do acendimento automático dos faróis ao ajuste elétrico do apoio lombar -- e, como convém a um carro para norte-americanos, quatro porta-copos

Nota à parte merece o sistema de áudio de 195 watts com toca-fitas, toca-CD  para seis discos no porta-luvas e sete auto-falantes, incluindo um subwoofer para os sons mais graves. Seus comandos são de fácil operação e a qualidade de áudio fica entre as melhores entre os carros já avaliados. Continua

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