O sonho, mais perto da realidade Grand Cherokee, o SUV que muitos querem, fica mais acessível na renovada versão Laredo |
Para aqueles que sonham com o Jeep Grand Cherokee mas não podem ou não pretendem pagar os R$ 128.600 da versão Limited V8 (sem disqueteira, teto solar elétrico e tração integral Quadra-Drive, opcionais que elevam a cifra para R$ 133.800), a marca oferece desde abril uma boa opção: o acabamento Laredo, mais simples e dotado de motor de seis cilindros em linha, quatro litros e 190 cv, em vez do V8 de 4,7 litros e 220 cv. |
Reformulado em 1998, o utilitário-esporte da Jeep é dos mais modernos e elegantes do mercado -- e ficou mais espaçoso e funcional nesta segunda geração |
Custando R$ 102.900, está
longe de ser barato -- sobretudo se considerarmos que,
por serem produzidas na Argentina, ambas as versões
entram no País sem imposto de importação, pago pelos
concorrentes. Por outro lado, o Laredo, responsável por
64% das unidades vendidas em 1999, mantém um padrão de
acabamento e desempenho que pouco fica a dever ao Limited,
tornando sua relação custo-benefício interessante. As diferenças externas não são muitas. O Grand Cherokee básico recebeu a mesma ampla reformulação aplicada meses antes à versão de luxo, ganhando estilo contemporâneo, robusto e agradável -- talvez o melhor em sua categoria, que também compreende Pajero, Pathfinder e Explorer. Os pára-choques e molduras laterais (além de maçanetas e cobertura da placa traseira) sem pintura são o ponto menos feliz do Laredo, resultando em aparência algo despojada para um carro desse preço. Mas a grade com acabamento cromado, em vez de pintada na cor da carroceria, e as rodas exclusivas são bonitas e os faróis recebem máscaras escuras que os tornam mais agressivos. |
Pára-choques, molduras e detalhes sem pintura diferenciam a versão Laredo, além de rodas exclusivas e grade cromada: ar mais robusto, mas algo despojado |
O ambiente interno é
sofisticado e agradável, podendo parecer idêntico ao da
Limited à primeira vista -- mas não é. Os bancos,
pouco diferentes, trazem ajuste manual do encosto (em
pontos definidos em vez de contínuo, como seria ideal) e
não elétrico. Perdem-se também a memória de posição
e o ajuste de apoio lombar. Os apliques que imitam
madeira não incluem console e portas, restringindo-se a
uma faixa no painel. Desaparecem vários detalhes convenientes, como luzes de cortesia nas portas (continuam no assoalho dianteiro), iluminação dos espelhos dos pára-sóis (que permanecem ótimos, com uma extensão para proteger melhor do sol lateral), retrovisor interno fotocrômico, tomada de energia 12V no porta-malas e controles do sistema de áudio atrás do volante. A antena é externa, fixa, e requer remoção em lava-rápidos -- na versão de topo é embutida no vidro lateral traseiro. |
O interior parece o mesmo, mas diversos itens são exclusivos da versão de topo, como controles de áudio no volante, ajuste do apoio lombar e apliques que imitam madeira no console e nas portas |
Uma perda
sentida, e que merece revisão pela Jeep, é no ar-condicionado.
O Grand Cherokee Limited exagera nos recursos, com
sensores infravermelhos que medem a temperatura corporal
dos passageiros para adequar a do ar emitido, além de
permitir escolhas distintas entre o lado esquerdo e o
direito do carro. No Laredo, tudo isso se perde -- e até
o controle automático de temperatura, oferecido em veículos
como o Fiat Brava. Apesar da eficiência do ar-condicionado,
típica de modelos de origem norte-americana, a Jeep
poderia oferecer o ajuste automático para maior conveniência. |
Dois cilindros a menos e a remoção de acessórios -- que em regra não fazem falta -- deixaram o Laredo R$ 25.700 mais barato que o Limited |
Os faróis, excelentes (com duplo refletor de superfície complexa e lente de policarbonato), não se acendem já no facho alto e há lanternas não usuais nos EUA -- traseira para neblina e repetidores de luzes de direção laterais. Isso se explica pela produção austríaca dos primeiros Grand Cherokees desta nova geração que chegaram ao Brasil, sendo o padrão adotado pela fábrica argentina. Continua |
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