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A Suprema
que a GM
ficou devendo



Agora em versão perua de 2,0 litros, o Citroën C5 mantém as ótimas impressões em conforto e comportamento dinâmico


Texto e fotos: Fabrício Samahá

Desde que a General Motors deixou de produzir a Omega Suprema, em 1996, o mercado nacional ficou carente de peruas com seu padrão de espaço, conforto e comportamento dinâmico. Algumas importadas tentaram suprir essa lacuna, como a VW Passat Variant e a Ford Mondeo SW, mas deixavam a desejar em algum aspecto -- entre eles o preço, já que a Passat começa hoje em elevados US$ 39 mil, perto de R$ 120 mil, com motor 1,8 turbo.

Quando a Citroën anunciou a chegada ao Brasil da C5 Break, em dezembro último, a carência parecia ter terminado. As ótimas impressões constatadas a bordo do sedã C5 V6 (leia comparativo com o Passat) associavam-se ao preço muito convidativo da versão única, Exclusive, com motor 2,0 16V de 138 cv: R$ 65.250 com câmbio manual e R$ 69.200 com o automático de quatro marchas. Feita a atualização, não está longe do que se pagaria hoje pela Suprema de quatro cilindros.

As qualidades já percebidas do C5 V6 sedã, uma das quais a fantástica suspensão Hidractive, tornam-se ainda mais evidentes na Break 2,0. Ao preço de R$ 65.250, sua relação custo-benefício é imbatível no segmento
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É certo que a C5 não tem tração traseira como o modelo da GM, sempre apreciada por quem vê no dirigir um prazer e não uma missão. Em contrapartida, traz equipamentos de conforto, conveniência e segurança que a perua Omega jamais sonhou em ter, a começar pela primorosa suspensão hidropneumática de controle eletrônico, denominada Hidractive 3 Plus (saiba mais sobre técnica).

Se no sedã esse sistema já impressionava, na perua ficou ainda melhor. A manutenção constante da altura de rodagem, qualquer que seja a carga, é muito bem-vinda nesse tipo de veículo. A possibilidade de elevar o vão livre a 225 mm permite passar por terrenos onde até os ineficientes utilitários esporte poderiam raspar. E existe ainda um comando no compartimento de bagagem para subir ou descer a traseira num curso total de 16 cm, mesmo com motor desligado, para facilitar a colocação e a retirada de cargas pesadas.

A diferença de dimensões que se esperaria entre a perua grande da GM e a médio-grande da Citroën não se verifica na prática: como os carros crescem a cada geração, a C5 possui 2,75 metros de distância entre eixos, 2 cm a mais que a Suprema. É também milímetros mais larga, longa e 6 cm mais alta, o que garante espaço interno surpreendente. Acomoda muito bem cinco adultos -- mesmo o do meio do banco traseiro, para o que contribui o assoalho quase plano --, ainda que quatro deles tenham mais de 1,90 metro de altura e não sejam pessoas magras.

Clique para ampliar a imagem Bom volante, ar-condicionado com dupla seleção de temperatura, faróis e limpadores automáticos -- e um painel completo como raramente se vê hoje. Pelo mostrador do computador de bordo, no alto, sabe-se até se algum pneu perdeu pressão

O interior das versões 2,0 não é sofisticado como o do C5 3,0 V6, que traz revestimento dos bancos em couro, ajustes elétricos e apliques imitando madeira. Em vez disso, um ambiente agradável com bancos de tecido aveludado (que retém muita poeira e fiapos, porém), ajustes manuais e painel com aparência de alumínio (mais coerente com o acabamento do que a imitação de madeira do Xsara Exclusive), material usado no pomo da alavanca de câmbio e nas maçanetas internas.

Os bancos dianteiros têm regulagem de altura, mas não de apoio lombar; a reclinação do encosto é por alavanca, apertada junto à coluna central, e impede o ajuste milimétrico. Sentado num assento elevado -- mas com espaço de sobra mesmo na posição superior --, o motorista tem à frente um ótimo volante de quatro raios (com a buzina na almofada central, como deveria ser no Xsara) e um painel como raramente se vê hoje: inclui voltímetro, termômetro de óleo e medidor de seu nível ao dar a partida, dispensando verificação por vareta. Todos os mostradores, exceto o velocímetro, podem ter a iluminação desligada, útil em viagens noturnas.
Continua

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Data de publicação deste artigo: 3/8/02

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