De coração aberto
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Apesar da tradição de avanço técnico e sofisticação conquistada nos anos 60 e 70 pelos modelos 2000, 2150 e 2300 (saiba mais), a Alfa Romeo não retornou ao mercado de pé direito, no início da década de 90. Reduções brutais de preço, em função das novas alíquotas de importação, derrubaram o valor de revenda dos primeiros 164. A rede de concessionárias não contribuiu, liquidando os últimos 155 e gerando nova desvalorização da marca. Quando o cenário parecia perdido, surgiu uma nova geração de Alfas: os belos 156 e 166. |
Traseira alta e imponente compõe o inspirado desenho do 166. Como em outros modelos da marca, o logotipo se desloca para se destravar o porta-malas |
Sucessor natural do 164,
o 166 foi lançado na Europa em 1998 e chegou ao Brasil
no ano passado, trazendo uma equação interessante:
desempenho e conforto à altura da concorrência alemã
(Audi A6 2.8, Mercedes E 320 e BMW 540i) e britânica
(Jaguar S-Type) a um preço bem mais convidativo.
Pagam-se pela versão única, sem opcionais disponíveis,
US$ 62.903, que correspondem a R$ 111.967 pela cotação
de 27/1. O adversário mais próximo, o A6 com câmbio
Tiptronic, sai por R$ 129.340 e oferece 33 cv a menos que
o Alfa -- os demais são bem mais caros. Desenhado pelo ítalo-brasileiro Walter de Silva, o 166 agrada pelas linhas esguias e elegantes. O "escudo" na grade -- cuore sportivo, segundo a marca -- tem tamanho adequado e permite a colocação da placa no centro do pára-choque, ao contrário do 156. Deste também não repete a solução das maçanetas traseiras embutidas: são todas aparentes, cromadas e de bom gosto, assim como o terminal do escapamento. As lanternas traseiras são afiladas e agradáveis, mas os faróis poderiam ser maiores -- lembram os do antigo Fiesta, estreitos nas laterais. |
Frente afilada divide opiniões, mas é inegável o bom gosto dos detalhes, da aplicação de cromados às rodas de 16 pol |
Ambiente interno de
ótimo aspecto caracteriza o 166, revelando padrão de
qualidade nem sempre associado a marcas italianas. As
quatro portas iluminam o assoalho externo, conveniente ao
sair em tempo chuvoso. No automóvel avaliado os bancos
(Momo), portas e segmento inferior do painel traziam
revestimento em couro claro, com o inconveniente de se
sujarem mais facilmente. Ao contrário do 156, nada é
feito ou revestido de madeira, afastando-o da conotação
clássica presente no irmão menor. Fechada a porta, com um som abafado ("porta de freezer") que denota qualidade, o motorista ajusta eletricamente assento e encosto, sendo manuais os ajustes do volante, em altura e profundidade, e do apoio lombar. Qualquer pessoa encontra boa posição para dirigir, embora o volante pudesse se aproximar um pouco mais do corpo para quem se senta mais baixo. |
Lâmpadas do farol baixo utilizam gás xenônio, proporcionando excelente iluminação. Somados ao facho alto, fazem da noite dia |
Para esses é curiosa a linha de cintura elevada, com a base das janelas quase à altura do ombro -- em contraste à "vitrine" proporcionada pelo modelo 145. Forração acolchoada na porta, onde se apóia o cotovelo, e ótimo apoio do pé esquerdo também agradam. O acesso aos comandos é fácil, mas não ao porta-luvas -- recuado para trazer sensação de amplitude. Há pouco espaço aberto para objetos, mas diversos fechados, inclusive no topo do painel e atrás do banco traseiro. Continua |
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