De resto, apenas desvantagens. A principal é o nível de ruído, que cresce em razão direta com o aumento das rotações provocado por essa opção dos fabricantes. Quem dirigiu os primeiros carros de 1,0 litro lembra-se de como o câmbio longo trazia certo alívio aos ouvidos quando a quinta marcha era engatada. Hoje, mesmo com motores até 50% mais potentes (sem falar em superalimentação), os câmbios estão mais curtos.
Mais rotações, maior consumo: a regra é praticamente absoluta, como mostra o método de direção econômico recomendado por especialistas e pelo
BCWS (saiba mais). Assim como qualquer carro consome mais ao viajar, digamos, a 100 km/h em quarta em vez de quinta marcha, é esperado um aumento de consumo quando a última marcha é mais curta, pois o carro trafega "sobrando rotação" -- ou "pedindo marcha", como muitos definem.
Se há alguns anos qualquer um aceitaria gastar um pouco mais em troca de agilidade, hoje essa questão merece uma ótica diferente. Em 1984, quando o governo solicitou aos fabricantes reduzir o consumo dos carros em 5%,
prontamente tomaram-se medidas como alongar as relações de diferencial. No Fusca 1,6, por exemplo, passou de 4,12:1 para 3,88:1. Não seria o momento de repetir essa medida? Continua
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