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Serviço

Autorizada ou independente,
uma opção a ser bem pensada

A partir dos benefícios de cada tipo de oficina,
escolha o seu. E siga as dicas para não ser enganado

Texto: Fulvio Oriola - Edição: Fabrício Samahá

Digamos que você vá a uma concessionária e compre um carro zero-quilômetro. Sem perceber, ao assinar o documento de compra, você assina também um compromisso de levar seu carro àquela ou a outra concessionária da marca para as revisões ou sempre que ele apresentar alguma anormalidade. Pelo menos enquanto valer a garantia, esse casamento vai durar. E, provavelmente, cheio de percalços e fadado ao divórcio.

Pelo menos é o que se vê ao analisar os relatos dos leitores do BCWS, como no Teste do Leitor. A maioria declara levar o carro à concessionária para manutenção apenas durante o período de garantia, sob pena de perdê-la fazendo reparos em oficinas não-credenciadas pelo fabricante.

O bom atendimento não pode ser restrito à hora da venda: é durante a vida do veículo que o cliente determina, por sua satisfação, onde vai comprar o próximo carro

A primeira coisa que se pode questionar a partir desse fato é se não seria um autoritarismo excessivo das marcas, que tiram a liberdade do cliente e subestimam a competência dos profissionais que trabalham por conta própria ou em empresas independentes. Seriam mesmo todos ruins e traiçoeiros, como se lê nas entrelinhas do que determinam as fábricas?

Não é o que dizem os leitores. Pelo contrário: as críticas recaem muito mais sobre as concessionárias do que sobre os reparadores independentes. O leitor Everaldo Martins da Silva, de Brasília, DF, diz que as autorizadas "são verdadeiras armadilhas ao consumidor. Bem instaladas e perfumadas, buscam o lucro desesperadamente, valendo-se de altos custos de peças e mão-de-obra para compensar as margens menores na venda dos carros". Faz sentido: abaixa-se o preço do carro para fisgar o consumidor, e depois, quando ele fica restrito às peças e ao serviço das concessionárias, paga mais para compensar a perda.

Outra queixa comum é a concessionária aumentar o defeito existente, "achar" defeitos que sequer existem ou empurrar um serviço desnecessário ao cliente. Alexandre K. Corrêa, de Campo Grande, MT, conta que levou o carro para uma revisão e "na listagem de peças a serem trocadas havia coisas absurdas, como a vareta do óleo". Fernando Salles, de São Paulo, SP, relata que uma autorizada GM "trocou o filtro de ar-condicionado aos 10 mil km, sendo o carro usado 90% do tempo em estradas", o que lhe parece um grande exagero.

Custos mais altos e o adiamento de reparos até o final da garantia são queixas comuns contra as autorizadas, que em teoria oferecem melhor treinamento e especialização na marca do carro

Não são "privilégios" de algumas concessionárias, pois muitas oficinas desonestas também têm esses costumes. A diferença é que a autorizada se apóia no prestígio da marca e em seu suposto conhecimento técnico sobre o veículo para se justificar, enquanto o mecânico "da esquina" tende mesmo a abusar da boa-vontade ou do desconhecimento do cliente sobre o automóvel. É o caso da manjada estratégia de cobrar mais pelo serviço das mulheres, que em geral pouco ou nada entendem de mecânica.

Daniel de Toledo Barros, de Atibaia, SP relata outra prática curiosa: "Quando podem, as concessionárias fazem de tudo para empurrar um defeito grave para depois do período de garantia, uma vez que durante esse prazo recebem apenas metade do valor das peças da montadora". Mais uma vez faz sentido. Só que, percebendo a estratégia, o consumidor pode utilizar órgãos de defesa como o Canal Direto do BCWS. Continua

Como escolher bem
Seja autorizada ou oficina independente, alguns pontos o ajudarão a distinguir os bons dos maus profissionais:

> O atendimento deve ser cordial e respeitoso. Suas dúvidas e impressões têm de ser ouvidas e consideradas. Mecânicos que não ouvem o cliente não o respeitarão na hora do serviço.

> Atente à limpeza e organização da oficina (peça para vê-la, no caso das concessionárias).
As ferramentas e peças devem estar em locais adequados, e o banco e o pára-lama do carro devem ser protegidos com capas durante as manobras e o serviço, nesta ordem.

> Anote a quilometragem e o nível de combustível ao deixar o automóvel. Grandes diferenças, a não ser quando for preciso longos testes, podem indicar que seu carro serviu de transporte para a oficina. Pela mesma razão, anote as datas e horários do serviço, para argumentar na hipótese de uma multa aparecer.

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