A primeira série, TX, era muito
parecida a nosso Chevette, mas com esta versão fastback e motor de 1,6
litro originário da Isuzu japonesa
Novidades do Gemini TD:
suspensão aperfeiçoada e acabamento SL/E |
No
início da década de 1970, enquanto a Opel (braço alemão da General
Motors) desenvolvia a quarta geração de seu modelo compacto
Kadett, outras marcas do grupo
preparavam suas versões para atender a diferentes mercados. Desse
projeto para um modelo mundial, chamado de Carro T, surgiram o Chevrolet
Chevette (Estados Unidos e
Brasil), o Pontiac Acadian e o
T-100 (também nos EUA), o Vauxhall Chevette (Reino Unido) e o Opel K 180
(Argentina), entre outros. No Japão, a Isuzu — marca com a qual a GM
mantinha parceria desde 1971 — foi encarregada de produzir o Gemini, que
logo chegaria a outro país com circulação pela esquerda: a Austrália.
Depois de breve período de importação do modelo japonês, a Holden,
subsidiária australiana do grupo, começava em março de 1975 a produção
local do Gemini. O cupê fastback
(diferente do Chevette hatch que teríamos anos depois) e o sedã de
quatro portas da primeira série (TX) tinham o mesmo desenho do Kadett
alemão, com linhas retas, cantos arredondados, faróis circulares e
estreitos pára-choques cromados. Suas dimensões eram iguais às do
similar brasileiro, com 4,13 metros de comprimento, 1,57 m de largura,
1,34 m de altura e 2,40 m de distância entre eixos; o peso variava de
922 a 944 kg. No interior de espaço modesto, bancos dianteiros
reclináveis e bom acabamento davam um ambiente agradável para sua
categoria.
Acostumados a grandes carros de seis e oito cilindros, os australianos
não viam com bons olhos motores de baixa cilindrada, como o de 1,2 litro
usado no Kadett — exceto nas versões esportivas — ou o 1,4 de nosso
Chevette. Por isso, a Isuzu adotou nele uma unidade própria de 1.584 cm³
com comando de válvulas no cabeçote (que
era de fluxo cruzado e feito de
alumínio) e carburador de corpo duplo. Com potência de 75 cv e torque de
11,6 m.kgf, era o bastante para alcançar 160 km/h. O câmbio era manual
de quatro marchas, com opção por um automático de três e tração
traseira. A suspensão dianteira independente usava braços sobrepostos e
atrás havia um eixo rígido. Os freios eram a disco na frente e a tambor
na traseira, em rodas de 13 pol.
Eleito Carro do Ano australiano em 1975, o Gemini não demorou a assumir
a liderança de vendas entre modelos de quatro cilindros. Em março de
1977 estreava a série TC, com nova grade frontal e retoques na traseira.
O sistema de ventilação e aquecimento melhorava, mas perdia os difusores
de ar laterais do painel. Era oferecido o Fashion Pack (pacote da moda)
de acabamento interno, associado a pneus radiais de aço e estabilizador
na suspensão dianteira.
Lançada um mês depois, a edição limitada Sandpiper trazia grade preta, itens decorativos e revestimento interno
xadrez, além da suspensão do Fashion.
Já em abril de 1978 a Holden apresentava a série TD, com evoluções como
suspensão adequada ao uso de pneus radiais, com
barra Panhard e estabilizador na
traseira, ao lado de novo diferencial Salisbury e, como opcional, câmbio
de cinco marchas. As mudanças de chassi o deixavam com ótimo
comportamento dinâmico, tornando-o um carro divertido de dirigir e ao
mesmo tempo acessível ao motorista comum.
Nova grade, faróis
retangulares (usados desde o início pelo Kadett), placa traseira entre
as lanternas (antes abaixo do pára-choque) e rodas mais largas eram as
mudanças visuais.
O inédito acabamento SL/E acrescentava rodas de alumínio, molduras nos
faróis, bancos de veludo, volante de quatro raios, faixa em
padrão madeira no painel e rádio/toca-fitas.
Continua
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