O último triunfo esportivo

Sucessor do Spitfire, o Triumph TR7/TR8 foi o último da
linhagem de modelos esporte da marca britânica

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

A Triumph Motor Company sempre será lembrada pelos belos roadsters fabricados desde sua fundação, em 1903. Seja na década de 1950 com os TR1, TR2 e TR3 ou na de 1960 pelo pequeno Herald conversível, o Vitesse Six, o TR4 e o longevo Spitfire. Nos anos 70, o sedã Dolomite fazia muito sucesso em sua versão esportiva e mais potente, a Sprint. O Spitfire seguia bem a carreira com poucas modificações, mas já estava com um ar cansado e precisava de um substituto bem mais moderno.

Em janeiro de 1975 era apresentado o Triumph TR7. Um fato interessante foi que as primeiras unidades foram todas destinadas para os Estados Unidos, que sempre foi um bom mercado para a empresa britânica. Só no ano seguinte, em maio, os súditos da rainha puderam adquirir o novo esportivo. Sua produção era originária da famosa cidade de Liverpool.

Os americanos receberam antes da própria Inglaterra o TR7, que levava duas pessoas em um conjunto leve e de aspecto moderno

Com linhas modernas e adequadas a seu tempo, o TR7 tinha lateral em cunha, em que se destacava um vinco que saía da parte inferior dos pára-lamas dianteiros e seguia até o alto dos traseiros. Sobre o capô havia entradas de ar verticais e os faróis eram escamoteáveis. Atrás recebia lanternas trapezoidais. Usava pára-choques pretos e, para o mercado americano, suas dimensões eram maiores para absorver pequenos choques sem danos, o que não atrapalhava seu estilo. Parte da coluna traseira trazia um adorno preto com frisos horizontais acentuando a esportividade.

Media 4,17 metros de comprimento, 1,68 m de largura, 1,27 m de altura e 2,16 m de distância entre eixos. Seu peso era de 1.050 kg. O desenho da carroceria era obra de Harris Mann. Levava dois ocupantes muito bem instalados e atrás dos bancos podia ser alojada uma pequena mala. Raro num esportivo, seu porta-malas tinha bom tamanho.

O interior: bancos esportivos, comandos bem colocados, volante de três raios e painel com fartos instrumentos

O interior muito ergonômico trazia bancos esportivos com apoio de cabeça, boa posição de dirigir e alavanca de marchas bem posicionada no assoalho. À frente do volante de três raios, com regulagem de altura, o painel trazia dois grandes mostradores circulares, conta-giros e velocímetro, acompanhados de quatro marcadores menores que incluíam manômetro de óleo e voltímetro. Tinha também rádio/toca-fitas estéreo, ar-condicionado e bom acabamento, mas com certo excesso de plástico. Continua

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Data de publicação: 25/3/08

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