O Renault que rodou o mundo

Primeiro carro mundial da marca, o R18 chegou a
quatro continentes e teve uma vigorosa versão Turbo

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Em meados dos anos 70, a francesa Renault precisava suceder a dois modelos médios lançados na década anterior: o sedã três-volumes R12, que deu origem ao Ford Corcel brasileiro, e o dois-volumes R16, um dos primeiros automóveis nessa configuração de carroceria. A opção da empresa foi concentrar sua oferta no segmento em um só modelo: o R18.

Apresentado no Salão de Genebra em março de 1978 com o mote Meeting international requirements (atendendo a exigências internacionais), o R18 era o primeiro Renault dentro da proposta de carro mundial, que começava a tomar corpo em vários fabricantes e se tornaria uma forte tendência na década seguinte. Além da França, seria fabricado na Argentina, Austrália, Colômbia, Côte d'Ivoire (no oeste da África), Espanha, Marrocos, México, Uruguai e Venezuela e vendido em numerosos países da Europa, África, Oceania e das Américas do Norte e do Sul.

Com um estilo simples e detalhes que pareciam vir de outros carros, o R18 chegava em 1978 com quatro versões e dois motores (na foto a GTL de 1,4 litro)

Era um sedã de três volumes bem definidos, linhas simples e ampla área envidraçada. Alguns detalhes lembravam os de modelos da concorrência, como os faróis retangulares e luzes de direção (inspirados nos do Audi 80) e o vértice posterior das janelas laterais traseiras, típicos de BMW e também presentes no Opel Ascona da época. Além deste e do Audi, o R18 competia com os alemães Volkswagen Passat (ainda na primeira geração) e Ford Taunus, com os franceses Peugeot 505 e Citroën CX e com o italiano Fiat 132.

Com 4,40 metros de comprimento, 1,70 m de largura, 1,40 m de altura, 2,46 m de distância entre eixos e peso entre 920 e 1.040 kg, estava inserido no segmento de médio-grandes. As versões iniciais eram TL, GTL, TS e GTS, todas com três volumes e quatro portas. As duas primeiras usavam um motor de 1.397 cm³, obtido a partir do de 1.289 cm³ do R12 (e do primeiro Corcel), com potência de 64 cv.

A perua era lançada um ano depois e, como o sedã, tinha como motor mais potente o de 1,65 litro e 79 cv; um 2,1 a diesel viria em seguida

As outras tinham a unidade de 1.647 cm³ do R17, mas sem injeção eletrônica, o que a mantinha em 79 cv. O GTS trazia câmbio de cinco marchas, contra quatro dos demais, e controle elétrico dos vidros dianteiros e travas. Além disso, oferecia — assim como o TS — a opção de caixa automática de três marchas. Os pneus eram 155-13 nas versões inferiores e 165-13 nas mais potentes. Continua

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Data de publicação: 27/2/07

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