Um Chevette no país dos carrões

Com o mesmo nome do nosso, mas de estilo diferente, o
pequeno Chevrolet não foi bem-sucedido nos Estados Unidos

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

O carro que no Brasil conhecemos bem como Chevrolet Chevette — e que foi lançado aqui em 1973 em primazia mundial — teve muitos outros nomes planeta afora. Na Alemanha e maior parte da Europa era Opel Kadett; no Reino Unido, Vauxhall Chevette; na Austrália, Holden Gemini; no Japão, Isuzu Gemini. Até mesmo em países sul-americanos recebia denominações diversas, como Grumett no Uruguai, Opel K-180 na Argentina e Chevrolet San Remo na Colômbia. Em meio a tanta diversidade, porém, um grande mercado manteve o nome com que era vendido aqui: os Estados Unidos.

A frente do primeiro americano, de 1975, parecia muito a que seria adotada aqui para 1978, mas o Chevette deles tinha formas um pouco diferentes e só existiu com carroceria hatch

O Chevette americano foi lançado só em 1975, como modelo 1976. Era mais uma tentativa da General Motors de enfrentar a concorrência européia e japonesa com um modelo compacto e econômico, adequado aos novos tempos de gasolina cara. Substituía nessa proposta o Vega, lançado em 1971, embora fosse um carro menor e mais simples que ele. Concorria com o Rabitt, nome local do VW Golf, além do Ford Pinto. O Dodge Omni/Plymouth Horizon, em 1978, seria outro adversário.

O desenho do Chevette americano lembrava o do brasileiro, com com formas diferentes. Uma frente como a adotada aqui para 1978, com inclinação para trás e grade bipartida, já o equipava lá desde o início. Pára-choques bem maiores, resistentes a impactos de baixa velocidade, eram obrigatórios pela legislação americana e contribuíam para um ar mais robusto, enquanto as faixas brancas nos pneus atendiam à preferência do consumidor. Na traseira, a placa ficava entre as lanternas horizontais simples, ao contrário do nosso. O comprimento era de 4,13 metros, e a distância entre eixos, de 2,47 m. O peso variava de 955 a 1.015 kg.

No mercado canadense a GM o vendia como Pontiac Acadian e, como nos EUA, oferecia uma decoração das laterais que imitava madeira, ao estilo das antigas peruas americanas

Curiosamente, os EUA tiveram apenas uma versão de carroceria que demoraria a ser feita aqui, mesmo assim com estilo diferente: a hatch, de início só com três portas. No Canadá a GM o vendia como Pontiac Acadian — essa "engenharia de emblema" ocorre ainda hoje naquele mercado, onde o Pontiac Pursuit corresponde ao Chevrolet Cobalt dos EUA. Continua

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Data de publicação: 9/5/06

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