Se o Spyder Corsa tinha um estilo mais clássico, o 166 Mille Miglia exibia uma carroceria moderna, aerodinâmica e englobando todas suas partes. A potência variava de 120 a 150 cv. Havia opções de três carburadores de corpo duplo Weber 32 DCF ou um único 36 DCF; a compressão ia de 8,5:1 a 10:1. Com entreeixos encurtado para 2,20 m — 220 mm a menos que o 125, 159 e 166 Sport —, ele teve 32 unidades produzidas entre 1948 e 1951, 30 das quais pela Touring milanesa. |
No Spyder Corsa os faróis e pára-lamas não eram embutidos; cada unidade teve um estilo diferente
Responsável por 30 dos 32 Ferraris 166 Mille Miglia construídos, a
Touring executou quatro deles como Berlinettas (cupês) e os demais
como Barchettas. Hoje considerados grandes clássicos, esses carros
pouco mudariam para a criação dos Ferrari 195 e 212, tempos depois. As
outras duas unidades foram confeccionadas por Zagato e Vignale. A
primeira, apelidada de carroceria Panoramica, tinha teto de material
plástico (perspex); a de Vignale foi a primeira parceria entre as
marcas, já com características que se tornariam marcantes desse
estúdio. |
Com o 166 Inter (também na foto que abre este artigo), lançado em 1949, surgia a possibilidade de rodar com um Ferrari nas ruas |
Tratava-se de um conversível desenhado por Farina. O chassi, similar
ao de 2,42 m do Spyder Corsa, era de aço tubular, com suspensão
dianteira independente e traseira de eixo rígido com feixe de molas
transversais, um esquema que pouco mudou para os projetos 195 e 212. O
V12 de 1.995 cm³ ainda era basicamente o do 125 e produzia 115 cv a
6.000 rpm, com taxa de compressão de 7,5:1 e carburador Weber 32 CDF
de corpo duplo. Era a configuração do Mille Miglia, exceto pela
carburação tripla deste. A velocidade máxima era de 184 km/h. A maior
parte das carrocerias de alumínio encomendadas vinha também da Touring. |
Um Mille Miglia Barchetta, com carroceria Touring, e um dos últimos 166, o Abarth Spyder de 1953 Um
carro com raízes tão fincadas no automobilismo, o 166 ainda teria mais
uma versão voltada para as pistas. Era o Mille Miglia Série II de
1953, com chassi um pouco modificado e 2,25 m entre os eixos. Ele
trazia melhorias do Ferrari 212, como os amortecedores e freios, além
do eixo traseiro do 340 America. Após cinco anos de desenvolvimento, o
V12 de 2,0 litros já rendia 160 cv a 7.000 rpm, com compressão de 9:1
e três carburadores Weber 36 IF4C. O propulsor também estava mais leve
com alguns componentes de magnésio. |
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