Seu motor dianteiro, refrigerado a água, tinha seis cilindros em "V"
(em um ângulo de 60º), o primeiro motor nesta configuração produzido
em larga escala. Era mais um pioneirismo da empresa que já havia
introduzido a estrutura monobloco e
a suspensão dianteira independente, em 1922, e o sistema elétrico em
um carro europeu, em 1914. Fabricado em liga leve, tinha 1.754 cm³ e
potência (líquida) de 56 cv a 4.000
rpm. Foi projetado por Francesco de Virgilio e contou também com a
astúcia de Vittorio Jano, que colocou num conjunto só embreagem, caixa
e diferencial para o motor. Esta solução brilhante foi copiada depois
por Ferrari, Porsche e outros famosos. A velocidade máxima era de 135
km/h.
Em 1951 nascia outro belo modelo da linha Aurélia: o cupê B20. Tinha
carroceria monobloco e desenho mais moderno que o sedã de quatro
portas. Seu motor, mais potente, contava com 1.991 cm³ e 80 cv a 5.000
rpm. Visto de qualquer ângulo, era um carro bonito. Na frente a grade
com formato de coração tinha um friso central e, para auxiliar na
refrigeração, ainda havia duas grades laterais em formato retangular.
O grupo ótico contava com quatro faróis circulares, sendo que os
principais tinham diâmetro maior.
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