O desenho era simples, mas agradável por ter alguns detalhes que valorizavam o conjunto. O 440 tinha duas entradas de ar acima da grade ovalada, que formavam uma espécie de bigode. Essa curiosa idéia não voltaria no Octavia de 1959, mas o irmão mais velho deixaria de herança para ele os pára-lamas dianteiros graciosamente esculpidos. A maior parte das formas introduzidas pelo 440 seria mantida no Octavia. Estavam de volta o capô e a tampa do porta-malas arredondados, em linha mais alta que os pára-lamas. O conversível passava a se chamar Felicia. |
Em 1959, o primeiro Octavia: uma evolução do 440 com linhas suaves e "elegância clássica", nas palavras do material de divulgação |
Na
traseira do Octavia havia discretos "rabos de peixe", que não chegavam
perto ao exagero dos modelos americanos da época. Com efeito, o
material de divulgação o apresentava como um carro que "ganha
admiração à primeira vista, devido a sua elegância clássica, sem nada
em comum com as extravagâncias da moda, que tentam atrair a atenção a
todo custo". O interior acomodava quatro pessoas sem muito espaço. No
painel simples havia três instrumentos circulares e um rádio, enquanto
o grande volante branco incluía um aro para comando da buzina. A
cabine era privilegiada pela grande área de vidros e colunas
estreitas. |
A perua Combi, que chegava dois anos depois do sedã, vinha só com o motor de 1,2 litro e acabou sobrevivendo ao carro: ficou em produção até 1971 |
O
Felicia com teto rígido se passava por um atraente cupê, o que de fato
não havia na linha. Seu motor mais forte também era utilizado no TS (Touring
Sedan). A perua tinha dimensões similares às do carro, mas pesava mais
— 970 kg — e usava pneus maiores, 5,90-15. Apenas o motor de 1.221 cm³
a equipava, na versão de 47 cv. Ao mesmo tempo a grade original,
ovalada e cortada por um friso horizontal com o emblema da marca, era
substituída no sedã por uma mais simples e de perfil mais baixo, o que
deixava a frente mais agradável. |
O Felicia era o equivalente do Octavia a céu aberto, estilo que sempre fez sucesso na Europa; seu motor desenvolvia mais potência e menor torque que o dos demais modelos |
Em
1996 surgia uma nova — e hoje recém-substituída — geração do Octavia.
O passado desse nome foi honrado, já que o grupo Volkswagen o reeditou
num atraente sedã médio. Era mais um dos vários produtos a ter
plataforma e mecânica compartilhadas com o VW Golf, um clube que
inclui Audi A3 e TT e VW New Beetle. Como sedã e perua, o novo Octavia
trazia um leque de motores a gasolina e a diesel, com potência
variando de 75 a 125 cv. Seu desenho suave e elegante era um claro
passo à frente dos modelos anteriores da Skoda, marcando uma renovação
na marca. |
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