Pequeno, mas muito dinâmico

Além de antecipar a concepção mecânica do Fiat 127/147, o
Autobianchi A112 destacou-se pelo desempenho da versão Abarth

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

A italiana Autobianchi foi fundada em 1955, fruto de um acordo entre a Fiat, a Pirelli e a Bianchi. Seu primeiro modelo foi o Bianchina, um minicarro apresentado dois anos depois, com motor de 500 cm³ e baseado no 500 da Fiat. Seguiu-se a ele o Primula, um carro maior lançado em 1964, também com mecânica Fiat e primeiro modelo do grupo com tração dianteira e motor transversal. Ambos obtiveram sucesso em uma Europa que se recuperava da Segunda Guerra Mundial.

Em 1967 a empresa era absorvida pela Fiat e, após dois anos, introduzia dois novos carros: o médio A111, muito parecido com o 124, e o pequeno A112, seu modelo de maior êxito. Apresentado no Salão de Turim em outubro daquele ano, o sucessor do Bianchina era um diminuto dois-volumes de 3,23 metros de comprimento, 1,48 m de largura, 1,34 m de altura e 2,03 m de distância entre eixos.

O A112 em versão básica: um pequeno duas-portas de 3,2 metros e apenas 655 kg, com motor transversal de 900 cm3 e tração dianteira

Desenvolvido pelo engenheiro Dante Giacosa, criador de Fiats notáveis como o Topolino e o 600, usava a concepção mecânica que o Mini inglês havia demonstrado ser a melhor para carros pequenos, com motor transversal e tração dianteira. Embora menor, o conceito básico do carro era muito semelhante ao que a empresa-mãe do grupo estrearia só em 1971 com o 127 (147 no Brasil).

Seu estilo, que tinha curiosa semelhança na frente com o Honda N360 de 1967, combinava elementos circulares, como os faróis, a formas retas na cabine, um dos segredos de seu bom espaço interno. Quatro pessoas -- sua capacidade homologada -- acomodavam-se relativamente bem e, através da ampla porta traseira, havia fácil acesso ao compartimento de bagagem. O interior de desenho simples oferecia itens como vidro traseiro térmico, conta-giros e janelas traseiras basculantes.

O acabamento Abarth em 1973: capô e faixa traseira em preto, cor única vermelha, bancos com encostos de cabeça e motor 1.000 de 58 cv

O motor do A112, evoluído do que movia o Fiat 850, era um quatro-cilindros com comando de válvulas no bloco, 903 cm³ e potência máxima de 44 cv a 5.800 rpm. Com o baixo peso de 655 kg e câmbio de quatro marchas, alcançava 135 km/h e consumia pouco, com médias ao redor de 14 km/l. A mecânica simples completava-se com freios dianteiros a disco e traseiros a tambor (sem assistência) e suspensão independente McPherson nas quatro rodas. Continua

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Data de publicação: 9/11/04

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