Um francês versátil

Compacto, eficiente e prático em seu formato hatch, o
Simca 1100 fez longo sucesso e deixou descendentes

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

No inicio da década de 1960, a Simca francesa não produzia tantos automóveis quanto as fortes concorrentes Renault, Peugeot e Citroën. Mas queria entrar na briga na faixa de carros médio-pequenos. O Simca 1000, modelo pequeno de tração e motorização traseiras, vendia bem, mas não fazia frente a modelos da concorrência. O sedã 1300/1500 concorria com o Peugeot 404, o Citroën DS e o Renault 16.

Em 1964 nascia o projeto 928, ou VLBB (Voiture Legere Berline Break), que traduzindo seria carro leve sedã/perua. Seria o primeiro produto da fábrica a ter tração dianteira e faria frente ao moderno futuro sedã da Peugeot, o 204. Três anos depois, em outubro de 1967, no Salão de Paris era lançado o Simca 1100.

Linhas simpáticas e uma cauda que formava um meio volume na traseira marcavam o 1100, opção intermediária da Simca entre o antigo 1000, de motor traseiro, e os maiores 1300 e 1500

Nas versões de três e cinco portas, trazia motor dianteiro transversal de quatro cilindros em linha, cabeçote de alumínio e refrigeração a água. Sua cilindrada era de 1.118 cm³, e a potência, 53 cv. Com tração dianteira, tratava-se de um Simca muito moderno. A velocidade final era de 135 km/h. Sua caixa de câmbio manual tinha quatro marchas e, opcionalmente, poderia vir com uma semi-automática da marca Ferodo Verto com três marchas. Os freios dianteiros eram a disco, os traseiros a tambor, com assistência.

A suspensão, que garantia ótima estabilidade, tinha rodas independentes com barras de torção transversais. A carroceria media 3,95 metros de comprimento. De desenho moderno, tinha ótima área envidraçada e desenho agradável. Seu peso era de 880 kg. Na frente, faróis circulares, pequenas setas retangulares abaixo destes e grade cromada com frisos horizontais. Atrás, uma espécie de meio volume, uma cauda em linha descendente, como que para atender a quem não apreciava carros "sem traseira".

O desempenho era um ponto alto: com o motor de 75 cv, a versão Special acelerava de 0 a 100 km/h em 14 segundos

Por dentro podiam viajar cinco passageiros com relativo conforto. Caso se rebatesse o banco traseiro, a capacidade de carga superava as expectativas. À frente do volante de dois raios, o painel com desenho horizontal trazia velocímetro, marcador de nível de combustível e de temperatura. Na versão GLS, um pouco mais luxuosa, incluía relógio e acabamento com imitação de madeira. Continua

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Data de publicação: 29/6/04

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