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Homologado para correr

O 288 GTO de 400 cv marcou o retorno da Ferrari
às competições de carros de turismo em 1984

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Apresentado em 1984, o 288 GTO marcou o retorno da Ferrari às competições com carros de turismo, precisamente o Grupo B da FISA (Fédération Internationale du Sport Automobile, órgão regulador da FIA ou Fédération Internationale de l'Automobile), como ocorria com o legendário 250 GTO dos anos 60.

O regulamento da categoria exigia a produção mínima de 200 unidades para homologação, o que levou o GTO -- sigla para gran turismo omologato, ou homologado -- ao público comum. Externamente chegava a lembrar o 308 GTB, Ferrari mais "acessível" da época, mas sua mecânica era inovadora.

O estilo do 288 GTO lembrava o do Ferrari mais "barato" da época, o 308 GTB. Mas sua mecânica era sofisticada, e o desempenho, excelente

Com chassi tubular e materiais leves na carroceria e na mecânica, como fibra de carbono e alumínio, o GTO pesava apenas 1.160 kg. Em relação ao 308, a distância entre eixos era 110 mm maior e as bitolas mais largas. O motor V8 central de 32 válvulas também era derivado do Ferrari básico, mas com dois turbocompressores IHI, dois intercoolers e cilindrada reduzida de 3.000 para 2.850 cm3, para atender ao limite da categoria, 4.000 cm3.

Ocorre que motores superalimentados, pelo regulamento técnico dos grupos A e B, deviam ter cilindrada que, multiplicada por 1,4, representasse a do limite absoluto da categoria. Hoje o coeficiente não é mais 1,4, mas 1,7. A tecnologia da superalimentação obrigou a mudança, que hoje já está requerendo revisão.

Com avançada central eletrônica desenvolvida pela Weber e a Magneti-Marelli, fornecedores da Ferrari na Fórmula 1, o GTO atingia 400 cv de potência e 50,6 m.kgf de torque. Em função dos turbos pequenos, sua entrada em ação era suave e progressiva. Atingia cerca de 290 km/h e acelerava de 0 a 100 em torno de 5 s.
Com dois turbos, dois intercoolers e central eletrônica sofisticada, o motor de 2,85 litros atingia 400 cv e levava o GTO a cerca de 290 km/h
O carro só não tinha sorte: o projeto do Grupo B foi cancelado devido a acidentes ocorridos em ralis e a Ferrari acabou não obtendo sucesso nas pistas. Mas, com 272 unidades fabricadas, o 288 GTO contribuiu um pouco mais para a reputação da marca do cavalinho nas estradas do mundo todo.

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