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Um capitão de vida longa

Entre suas várias gerações, o luxuoso Opel Kapitän
foi produzido nas décadas de 30, 40, 50 e 60

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Fundada em 1862 como fábrica de máquinas de costura e produzindo automóveis desde 1899, a alemã Opel, absorvida pela General Motors em 1929, teve um bom período na década de 1930. Após lançar o Olympia em 1935, o primeiro Kadett em 1936 (leia história) e o Admiral em 1937, era o momento de investir no segmento de luxo, com a substituição do Super Six -- de vida curta, lançado em 1936 -- por um novo sedã: o Kapitän, introduzido em 1939.

Batizado com um nome militar (capitão), assim como o Kadett (cadete) e o Admiral (almirante), o carro utilizava a moderna construção monobloco, introduzida em 1922 pelo Lancia Lambda e ainda muito rara na época, e suspensão dianteira independente (a traseira era de eixo rígido com molas semi-elíticas). Havia carrocerias de duas e quatro portas, além de conversíveis de dois e quatro lugares, todos com linhas alongadas e um perfil baixo, para o que contribuía a ausência do chassi convencional.

A geração inicial foi fabricada apenas entre 1939 e 1940, sendo descontinuada em função da guerra: seis lugares, motor de 2,5 litros e 55 cv

Comum àquele tempo, as portas traseiras se abriam em sentido inverso do que hoje é usual e a tampa do porta-malas deslocava-se para trás, lembrando famoso "banco da sogra". O interior era amplo e bem-acabado, com dois bancos inteiriços. O motor de seis cilindros em linha, 2,5 litros e potência de 55 cv a 3.500 rpm era utilizado com câmbio de três marchas e pneus 5,50 - 16. O carro pesava 1.180 kg.

O desempenho atendia às expectativas, com velocidade máxima de 125 km/h. Em mercados como a França e a Holanda o nome Super Six foi mantido no novo modelo, por estar consagrado. Há quem se refira a ele, porém, como "baby Chevrolet", por sua semelhança com os modelos da marca americana, só que com menores dimensões -- 4,62 metros de comprimento, 1,66 m de largura, 1,64 m de altura e 2,69 m entre eixos.

Apenas em 1948 a produção do Kapitän era retomada, mantendo o estilo de antes do conflito, mas com novos faróis e pára-choques

Com o início da Segunda Guerra Mundial, a produção era interrompida, em outubro de 1940, para só retornar oito anos depois, já que as instalações da Opel haviam sido entregues à Rússia como espólio de guerra. Mantendo o estilo básico da versão anterior ao conflito, as diferenças estavam nos faróis, antes ovalados e agora circulares, e nos pára-choques. Não havia mais as versões conversível e de duas portas. Continua

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Data de publicação: 29/4/03

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