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Fiat com alma de Ferrari

O motor V6 de competição era o ponto alto do Dino,
carro esporte que teve versões cupê e conversível

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Um Fiat com motor Ferrari pode ter surpreendido a muitos, em 1966, três anos antes da aquisição da marca do cavalinho empinado pelo poderoso grupo italiano. Mas havia razões para que ambas as marcas vissem essa parceria com bons olhos.

A idéia nascera da própria Ferrari que, para homologar e continuar utilizando seu motor V6 de duplo comando nas provas de Fórmula 2, precisava tê-lo circulando em um carro de rua com produção mínima de 500 unidades em 12 meses. Como esse total fugia da proposta da marca, solicitou a fabricação de um carro esporte com o propulsor à Fiat -- para quem a proposta representaria prestígio, ao menos dentro da Itália.

A versão Spider, de dois lugares e entreeixos curto, foi a primeira a ser lançada. Exibia belas linhas de Pininfarina

Assim nascia, no Salão de Turim, o Fiat Dino, nome dado em homenagem a Alfredo Ferrari, filho do comendador Enzo morto em 1956 com apenas 24 anos. O mais simples Ferrari da época, o homônimo Dino 246 GT (leia história) de 1969, usava o mesmo motor em versão de 2,4 litros. Ambos seriam vendidos com a marca Dino, desvinculada dos fabricantes, mas a Fiat preferiu aproveitar o prestígio e aplicou seu emblema ao pequeno carro esporte.

O Dino Spider era um conversível de entreeixos curto (2,28 metros, 4,13 m de comprimento total) e dois lugares, de autoria de Pininfarina. Em 1967, no Salão de Genebra, vinha a versão cupê de quatro lugares e entreeixos de 2,55 metros (4,5 m de comprimento), desenhada e produzida por Bertone. Ambas belas, são bem diferentes e nem parecem pertencer à mesma família. O Spider tinha pára-lamas ondulados e capô mais baixo, conferindo-lhe linhas mais suaves e agradáveis. Em comum, os quatro grandes faróis circulares.

O motor V6 marcou o Dino, tanto com 2,0 quanto com 2,4 litros, só o primeiro com
bloco de alumínio. À direita, o desenho evidencia o duplo comando em cada cabeçote

Talvez a Fiat devesse ter optado pelas propostas de cupê apresentadas em salões por Pininfarina, que construiu dois protótipos a partir do Spider: um com teto fechado e formato fastback, outro com capota rígida removível e três volumes bem definidos. Houve também dois carros-conceito de linhas retas e traseira elevada, não muito harmoniosos, um deles denominado Dino Aerodinamica. Continua

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Data de publicação: 18/3/03

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