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O topo de linha da Opel

Irmão maior do Rekord e do Omega, o Senator
esbanjava conforto e chegou a ser testado no Brasil

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Competir com Mercedes-Benz e BMW no segmento de sedãs de luxo é, há muito tempo, uma das ambições da Opel, a subsidiária alemã da General Motors (desde 1927) que surgiu em 1862 fabricando máquinas de costura e, em 1899, iniciava a produção de automóveis. Em 1978, à época em que renovava o Rekord (modelo que em geração anterior, de 1965, havia originado o Opala brasileiro), a empresa dava um passo nessa direção com o Senator (senador em inglês).

O sucessor do Diplomat -- cujo motor V8 mostrava-se inadequado aos tempos de petróleo escasso e caro -- era um sedã grande (4,83 metros de comprimento, 2,68 m entre eixos) de três volumes, de estilo sóbrio mas moderno, com frente em cunha (muito parecida com a de nosso Monza) e traseira retilínea. A concepção mecânica era tradicional, com motor longitudinal e tração traseira.

O primeiro Senator, em 1978, marcava a troca do motor V8 pelo seis-em-linha, mas tinha uma suspensão traseira moderna e ótimo comportamento dinâmico

Além dos freios a disco (dianteiros ventilados), a suspensão independente nas quatro rodas, McPherson à frente e com braços semi-arrastados atrás, representava grande evolução sobre o eixo traseiro rígido de seu antecessor. O comportamento dinâmico era um ponto alto do carro, transmitindo confiança nas velocidades usuais nas famosas autobahnen, as estradas alemãs sem limite.

Como convém a um topo-de-linha, o Senator era muito bem-equipado. Tinha banco do motorista ajustável em altura, teto solar, iluminação interna temporizada, lavadores de farol, direção assistida e controle elétrico dos vidros, travas, tampa do porta-malas e antena. Ar-condicionado era opcional e os pneus eram 195/70 HR 14. Uma transmissão automática de quatro marchas era de série, mas havia opção de um câmbio manual de cinco marchas sem custo adicional.

O interior era espaçoso, sofisticado e repleto de itens de conforto, mas a Opel não desfrutava do mesmo prestígio da Mercedes e da BMW, com que pretendia concorrer

Eram oferecidos dois motores de seis cilindros em linha: de 2,8 litros e 140 cv (190 km/h) e de 3,0 litros, este com injeção de combustível Bosch L-Jetronic, 180 cv de potência e torque de 25,2 m.kgf, para 210 km/h. O 3,0 era o único disponível para a versão CD. Mais tarde chegava o 3,0 com carburador e 150 cv (193 km/h). Só em 1983 viriam os motores de quatro cilindros: 2,0 litros e 110 cv (180 km/h) e 2,2 litros e 115 cv (182 km/h). Continua

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Data de publicação: 4/3/03

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