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As cores disponíveis não eram nada discretas, à exceção do branco. Constavam no catálogo vermelho-pimenta, verde-limão, amarelo e azul-escarlate. Tudo em nome da esportividade. Por dentro, instrumentação completa, apliques de madeira no painel e nas portas e volante esportivo de três raios com boa pega. A posição de dirigir era ótima.

Por baixo do capô vinha um motor de 1.998 cm3 e potência de 127 cv a 5.700 rpm. O comando era no cabeçote e tinha quatro válvulas por cilindro -- provavelmente o primeiro europeu produzido em grande escala. Alimentado por dois carburadores SU, o torque máximo atingia 16,9 m.kgf a 4.500 rpm. Este familiar esportivo chegava a 187 km/h, bom número até para os dias atuais.

A Triumph agora começava a ter um carro muito interessante. A caixa era de quatro marchas, sendo que a terceira e a quarta tinham overdrive, que na época do lançamento era opcional. Os engates eram precisos e rápidos. A tração era traseira. Os freios, servoassistidos, usavam discos na frente e tambores na traseira. O comportamento em curvas era muito bom, com a tendência de sair de traseira facilmente controlável. A suspensão dianteira era independente, e a traseira, de eixo rígido, ambas com molas helicoidais.

No interior, volante esportivo e painel completo. O motor tinha 127 cv como no Tempra 16V

Seus concorrentes eram o Opel Kadett GSE, o Renault 17 TS, o Fiat 124 S 1800, o Alfa Romeo GTA e o BMW 2002, estes dois últimos os mais sérios em termos de desempenho. Nas competições foi um verdadeiro transtorno para a concorrência. Participava do Campeonato Europeu de Produção. Nesta época o grid de largada tinha uma grande variedade de marcas, o que tornava a categoria muito disputada e enchia os autódromos. Competia na classe de 1.601 a 2.500 cm3, que era o Grupo 1 da Federação Internacional do Automóvel (FIA).

Nas pistas os concorrentes eram outros: BMW 323 e 520, Ford Capri 3,0-litros e Escort RS 2000. Mas o Dolomite Sprint estava sempre entre os primeiros, nas mãos de muitos pilotos famosos, na maioria ex-pilotos da Formula 1. Em 1976 ganhava o campeonato francês de circuitos na classe até 2,0 litros.

Foram produzidos quase 23.000 exemplares e sua produção terminou em 1981. A indústria automobilística inglesa estava em franca decadência e o Dolomite foi substituído pelo Triumph Acclaim, quase idêntico ao Honda Ballade. Até hoje o carro tem vários admiradores e os clubes britânicos dos aficionados sempre comemoram em encontros o Dolomite Sprint National Day, o dia nacional do Dolomite Sprint.