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O pequeno bebê ítalo-polonês

Nascido italiano, o Fiat 126 foi adotado pela Polônia e
lá permaneceu em produção até completar 28 anos

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

A imagem da Fabbrica Italiana Automobili Torino (Fiat), fundada em 1899, há muito está ligada a carros pequenos, econômicos e eficientes em sua missão. E poucos duraram tanto quanto o 126, um diminuto modelo de apenas 3,1 metros de comprimento introduzido no Salão de Turim, em novembro de 1972, como sucessor do famoso 500.

O carrinho era simpático em seu estilo simples, com formas claramente inspiradas no 127 lançado um ano antes (que daria origem ao 147 brasileiro): dois volumes, duas portas, faróis retangulares, capô envolvente. Dois vincos nas laterais buscavam trazer alguma robustez ao estilo. Uma importante distinção era a frente "lisa", sem grade para o motor, em função de sua montagem traseira.

As formas simples e simpáticas lembravam as do 127, o Fiat que aqui chegou como 147. Mas o 126 era bem menor -- apenas 3,1 metros -- e não tinha grade frontal, pois o motor ficava na traseira

O dois-cilindros em linha de 594 cm3, longitudinal e arrefecido a ar, era uma ampliação do motor do 500, com comando de válvulas no bloco, câmbio de quatro marchas e tração traseira. As suspensões eram independentes, a dianteira com feixe de molas semi-elíticas transversal (como na traseira do 127 e do Uno nacional) e a traseira com mola helicoidal. Os freios usavam tambores e os pneus eram modestos 135 R 12, suficientes para o peso de apenas 580 kg.

Já em 1973 aparecia a opção de teto solar em lona, recurso comum em carros europeus de menor preço e já usado no 500. Três anos depois, também em Turim, surgia o 126 Personal, com acabamento melhorado, pára-choques e proteções laterais em plástico. Em 1977 chegava o motor de 652 cm3, com potência de 24 cv a 4.500 rpm, capaz de levá-lo a 110 km/h, com aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 45 s.

O interior, despojado mas funcional, e uma versão recente do 126,
já adotando o nome Maluch, que significa "pequeno bebê" em polonês

Mais força era bem-vinda, mas seu forte continuava o consumo: fazia 14,5 km/l na cidade e 17,2 km/l na estrada a moderados 90 km/h. O tanque de 21 litros parecia bem maior do que era na verdade... Para quem discordasse dessa proposta, porém, os irmãos italianos Domenico e Attilio Giannini elaboraram versões preparadas: com 650 cm3 e 30 cv, para 120 km/h; com 700 cm3 e 35 cv, para 130 km/h; e com 800 cm3 e 41 cv, para 145 km/h. Continua

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Data de publicação deste artigo: 27/8/02

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