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Alegria de dirigir

Com o estilo típico dos carros-esporte ingleses, o Austin
Healey 3000 era uma opção entre o MG e o Jaguar

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

A Austin foi responsável por produzir de 1922 a 1931 o Seven, mais popular carro britânico antes da Segunda Guerra Mundial. Mas foi em cooperação com Donald Mitchell Healey, especialista em carros-esporte, que produziu um dos mais notáveis esportivos de seu tempo: o Austin-Healey 3000.

Era o último de uma série iniciada em 1953 com o 100-4, dotado de motor quatro-cilindros de 2,7 litros e 90 cv, e que teve prosseguimento no 100-6 de 2,6 litros, seis cilindros e 102 cv. O 100 havia causado tanta sensação no Salão de Earl's Court de 1952 que Leonard Lord, da Austin, contratado para fabricar apenas os motores, decidiu às pressas produzir todo o carro.

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O 3000 Mk2 de 1962: linhas fluidas e o bom desempenho do motor de 132 cv

Era um clássico roadster inglês, com linhas simples e fluidas e os dois lugares quase sobre o eixo traseiro -- havia também uma versão de 2+2 lugares. Ficava a meio caminho entre os acessíveis MGs da série T (saiba mais) e os luxuosos Jaguars XK 120 (leia história). O 3000 foi lançado em 1959 e trazia o seis-em-linha aumentado para 2.912 cm3 (arredondados para 3,0 litros no nome), com potência de 124 cv a 4.600 rpm, além de melhor estabilidade e freios dianteiros a disco Girling.

Durante os nove anos em que foi produzido, o 3000 passou por três séries. A segunda, Mk2, surgiu em 1962 trazendo três carburadores SU (substituídos por dois, para mais fácil equalização, em apenas 10 meses) e potência de 132 cv a 4.750 rpm. Alcançava cerca de 180 km/h, mas tinha seus problemas: trepidação do eixo traseiro ao acelerar forte, baixa altura de rodagem, aquecimento excessivo da cabine e a "dança de pára-brisa" que caracteriza muitos conversíveis.

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O painel do Mk2 e a última série, Mk3, com melhor acabamento e motor de 150 cv

A série 3000 Mk3 era mais potente, com 150 cv a 5.250 rpm, e mais luxuosa. Itens como painel em madeira envernizada, acabamento com couro e carpete de qualidade, novo pára-brisa e quebra-ventos e uma capota de operação mais simples foram adicionados. A velocidade máxima chegava a 193 km/h, apesar do peso ter aumentado. Muitas das mudanças eram exigidas pelo mercado norte-americano, onde 80% dos carros eram vendidos.

Ironicamente, os Estados Unidos também ajudaram a acabar com esse esportivo inglês. Depois de 72.027 unidades desde o modelo 100-4, as normas de segurança e controle de emissões vigentes a partir de 1968 inviabilizaram o 3000, que entrou para a história como mais um símbolo da alegria de dirigir um carro-esporte britânico.

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