Best Cars Web Site

Em Genebra, os novos SLK e CLS

Mercedes-Benz lança no salão suíço a segunda
geração do roadster e um belo cupê de quatro portas

por Roberto Nasser - Fotos: divulgação

Roberto NasserÉ um dos carros mais charmosos do mundo e chega à segunda geração oferecendo o que a clientela pediu — um pouco mais de espaço interno, a composição compacta com o conforto da capota que se dobra e se esconde ao comando de um botão, e motores mais fortes.

O SLK 2004 cresceu 3 cm entre eixos — talvez o bastante para que motoristas com 1,80 m possam trocar as marchas da caixa manual sem bater o cotovelo no painel que divide habitáculo e porta-malas. Esticou 7 cm e alargou 6,5 cm, e manteve o sistema confortável para a capota. Segundo a empresa, em hipotético Grand Prix de rapidez, seria a vencedora. Sua capota se recolhe em 22 segundos — e você tem o resto da vida para pensar sobre a excelsa vantagem disto.

Quanto à motorização, vai deixando a opção dos pequenos motores auxiliados por compressor volumétrico e tornou-se mais viril, podendo ser movido por remanescente quatro-cilindros, 2,0 litros, comprimido, que produz 163 cv, passando ao V6 de 3,5 litros e 272 cv e um V8 a 360 cv de potência.

Há modernismo e história no novo Mercedes, que chegará ao Brasil no segundo semestre. Na primeira parte, a curiosidade que pode ser chamada, curiosamente, de antifrescura. É o Airscarf, nome que pretende explicar que um jato de ar quente, saído do apoio de cabeça, funciona como uma espécie de cachecol de ar quente, mantendo aquecidos pescoço e musculatura em volta. Outro detalhe construtivo é a curiosidade do emprego de uma caixa automática com sete marchas. Obviamente concessiva em performance, deixa no ar a questão do porquê a empresa não optou pelo sistema continuamente variável, mais óbvio, lógico e barato, equipamento de sua concorrente Audi.

Quanto à história, a Mercedes festeja que o novo carro consegue um coeficiente aerodinâmico, o Cx, de 0,32. Quem gosta de história dos carros nacionais não pode conter o sorriso: há 40 anos a Brasinca conseguiu o mesmo número com seu projeto Uirapuru.

CLS
Mescla o conforto de um sedã de quatro portas com as linhas de cupê. Da linha quer fazer um dos mais renhidos cavalos de batalha, combinando estilo, materiais e mecânicas. No quesito materiais, voltou a empregar madeira no painel, o que não fazia desde 1967, e o faz com raiz de nogueira, que se conhece mundialmente como a-madeira-que-distingue